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Tecnologia: Novo relógio é 100 mil vezes mais preciso

Sistema em desenvolvimento pede nova definição de segundo

Alguns físicos estão criando uma revolução no universo arcaico dos relógios superprecisos.

Um deles, Jim Bergquist, do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA, trabalha em um aparelho que pode ser a peça mais precisa de monitoramento de tempo já criada.

Ele estuda o comportamento de diferentes átomos para medir o tempo. O sistema já é aplicado em parte nos relógios atômicos de césio, usados mundo afora para estabelecer o horário seguido pela humanidade.

Mas Bergquist pretende criar um dispositivo para medir a precisão de tais relógios, além de servir na navegação em viagens interplanetárias.

Os relógios mais precisos existentes hoje ganham ou perdem um segundo a cada 70 milhões de anos. O novo amplia esse período para mais de 400 milhões de anos.

Isso porque o núcleo de um átomo de césio oscila entre dois estados físicos quando é bombardeado com microondas em uma freqüência em particular - o tal "tique-taque" dos relógios de hoje.

Um segundo, para os físicos, corresponde a 9.192.631.770 de tais tiques.

No novo relógio óptico, o átomo é bombardeado com um raio laser finamente modulado a uma certa freqüência.

O tique é 100 mil vezes mais rápido e pode pedir que uma nova definição de segundo seja discutida.

A mudança não deve acontecer já. Bergquist acredita que os cientistas levarão de cinco a dez anos para decidir qual tipo de átomo será usado.

Depois, debates políticos internacionais devem se seguir até os governos decidirem se vale a pena descartar seus relógios atômicos atuais e trocá-los por novos.


Data: 11/09/2006