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CefetCE vai implantar 30 Centros de Inclusão Digital (CID) nos distritos de municípios do Ceará

Ariosto Holanda diz que CID fortalece o CefetCE no processo de transformação em Universidade Tecnológica

As ações de extensão do CefetCE vão ser estendidas para os distritos nas regiões rurais de 13 municípios do Ceará com a implantação de 30 Centros de Inclusão Digital (CID) e um Núcleo de Informação e Tecnologia (NIT).

O edital será lançado nos próximos dias pelo CefetCE com recursos de emendas orçamentárias do dep. Ariosto Holanda (PSB-CE), cerca de R$ 3,5 milhões do Ministério da C&T e do Ministério das Comunicações.

"Nos distritos dos municípios do interior, a exclusão é ainda maior", disse Ariosto Holanda, relator do tema Educação Tecnológica no Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara.
O deputado argumenta que o CID e o NIT servirão de base de sustentação para o Cefet Ceará pleitear a Universidade Federal Tecnológica.

Os CIDs serão geridos pelo Cefet. Cada um terá laboratório de informática com 10 computadores, biblioteca multimídia e sala multimeios.

Segundo Ariosto Holanda, a Universidade Federal Tecnológica do Ceará terá como foco a extensão e cursos técnicos de nível médio.

Em distritos de Aracoiaba, serão implantados pelo Cefet três CIDs; quatro em Itapipoca, três em Itarema; quatro em Limoeiro do Norte; três em Maracanaú; dois em Piquet Carneiro, quatro em Russas; três em Tabuleiro de Russas; um no Cefet Cedro; um no Cefet Fortaleza e outro no Cefet Juazeiro do Norte.

Em São João do Jaguaribe, será implantado um Núcleo de Informação Tecnológica (NIT). O NIT um espaço cultural dotado de biblioteca, acervo de multimídia com cinco computadores, videoteca, salão de jogos, salão nobre para exposições e auditório.

Para o deputado, os CIDs e o NIT vão fortalecer o programa do Cefet e o credenciar a Universidade Federal Tecnológica.

Conforme Ariosto, a nova estrutura vai se somar à integração das seis unidades do Cefet com as três Faculdades Centec, 40 CVT, 30 Centros de Inclusão Digital e as Infovias, uma rede que interliga 30 salas de videoconferência que pertencem ao Instituto Centec.

O Instituto Centec é uma organização social vinculada à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará, incluído no projeto para ser integrado à Universidade Federal Tecnológica.

O CefetCE tem 7.500 alunos, e o Centec 2.800 em três faculdades tecnológicas, além de atender por ano a cerca de 40 mil pessoas na rede de 40 Centros Vocacionais Tecnológicos (CVT).

Para a discussão do projeto, o CefetCE trouxe o reitor da Universidade Federal Tecnológica do Paraná, (UTFPR), Éden Januário Netto, que participou de um evento no dia 26 de agosto, em Fortaleza. Desde novembro de 2005 o CefetPR foi transformado em UTFPR.

"Nós não podemos ficar atrás"

"Estamos trabalhando para fortalecer o Cefet, para lhe dar condições para que seja um dos candidatos. A gente precisa trabalhar politicamente para a implantação dessa Universidade", disse Ariosto.

Para ele, o Ceará não pode ficar atrás no fato de que o governo federal vai implantar em 2007 cinco Universidades Federais Tecnológicas, que vão nascer a partir dos Cefet, na segunda fase do plano de expansão da rede.

"Nós não podemos ficar atrás, já que estamos muito atrás", enfatiza Ariosto Holanda. Como exemplo, o deputado cita que Minas Gerais tem 11 Universidades federais e seis Cefet e o Rio Grande do Sul tem sete Universidades federais e três Cefet.

"O Ceará tem só uma federal e três estaduais, até com muita dificuldade de manutenção para o Estado. Na hora em que a gente tira o Centec do ônus do governo do Estado, que de alguma maneira pesa, esses recursos seriam direcionados para as universidades estaduais", argumenta o deputado.

Segundo Ariosto, esta é uma Universidade com características diferentes das tradicionais, porque vai se preocupar com a extensão, com o ensino técnico de nível médio, com o ensino tecnológico de nível superior, com o mestrado, o doutorado e a pós-graduação. "Ninguém faz extensão nesse país", diz.

"No momento que tiver condições de criar essa universidade e de federalizar o sistema Centec, para fazer parte dessa estrutura, vamos ter a maior universidade federal tecnológica do país e da América Latina", calcula Ariosto. "A gente só vai poder resgatar a cidadania do nosso povo com educação e trabalho. Não tem outro caminho", afirma.

O deputado observa que este é o momento da discussão da proposta. "Temos que ter o apoio da sociedade, da comunidade e até das próprias universidades estaduais. A idéia é que Universidade Federal Tecnológica nasça do Cefet, a exemplo do que fez o Paraná ao criar a primeira em novembro de 2005. O governo tem projeto para cinco Universidades. Vamos perseguir a criação da Universidade Federal Tecnológica, que nasça a partir do Cefet".

"Esse não é um projeto para conflitar com a UFC, a UECE, a UVA ou a Urca. É para somar. Na hora em que a gente conseguir federalizar o sistema Centec, com certeza esses recursos que hoje são do Centec irão favorecer mais as universidades estaduais no papel nobre que elas têm. Vou trabalhar nessa linha", disse Ariosto Holanda.


Data: 11/09/2006