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Motociclistas podem ter mais impotência, diz pesquisa

Embora o quadro de disfunção erétil  não seja tão grave, é bom estar atento

 

Muitas pessoas fazem piadas com relação ao possível fato de motoqueiros terem dificuldades sexuais devido à posição que ocupam no assento de suas motocicletas, mas a verdade é que a suspeita de prejuízos realmente existe. Tanto é que pesquisadores dos departamentos de urologia do Matsushita Memorial Hospital e da Universidade de Kyoto, no Japão,  investigaram exatamente a relação entre o motociclismo e a disfunção erétil (nome atual usado para designar impotência).Os resultados  de suas pesquisas chamam a atenção: de acordo com artigo publicado no “International Journal of Impotence Research” de julho de 2006, “o motociclismo se mostrou um forte fator de risco para disfunção erétil”, dizem Ochiai, Naya e colegas no artigo.

 

Para chegar aos resultados, os médicos japoneses compararam 234 motociclistas com 735 pessoas que não usavam motocicleta como rotina. Todos os participantes tiveram de responder cinco itens de um questionário intitulado Índice internacional de Função Erétil (IIEF5) e que contem perguntas objetivas sobre a vida sexual, no que diz respeito ao tempo para conseguir e para manter a ereção, ejaculação, prazer e outros quesitos. Setenta e cinco porcento  de todos os componentes  dos dois grupos foram até o final da pesquisa.

 

Segundo os autores, “dos 234 motociclistas, 161 (69%) foram diagnosticados como tendo disfunção erétil”, sendo que “a prevalência aumentou com a idade assim: 58, 63, 76 e 93% para motociclistas com 20–29, 30–39, 40–49 e 50–59 anos, respectivamente”, sendo que não houve diferença significativa no grupo controle (que não usava motocicleta) nesta escalada entre disfunção erétil e idade; o que significa dizer que, embora atingindo menos pessoas, as dificuldades sexuais foram maiores também nos mais velhos, no grupo não motociclista, o que é normalmente esperado dentro das estatísticas vigentes.

 

De qualquer forma, a noticia não deve ser motivo de alarde já que, segundo os japoneses, os estragos não são tão intensos: “embora a disfunção erétil  em motociclistas não tenha se mostrado tão severa, o motociclismo pode ser um dos fatores de risco para isso”, batem o martelo.


Data: 12/09/2006