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Novo ar-condicionado usa gás natural e luz solar

No lugar de energia elétrica, um protótipo de ar-condicionado desenvolvido por grupo de engenheiros pernambucanos utiliza luz solar e gás natural como fonte de energia

O aparelho, um pouco maior que um ar-condicionado convencional, está sendo apresentado na Rio Oil & Gas Expo and Conference 2006, conferência internacional que ocorre no RJ, esta semana.

O grupo projetou o equipamento para conclusão de curso de Gestão de Petróleo e Gás, no Centro Brasileiro de Profissionalização Empresarial, representante da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em Pernambuco.

O aparelho funciona ligado a uma placa fotovoltaica que deve ser instalada na parte externa do imóvel. É essa placa que converte a luz solar em eletricidade. Já o gás natural impulsiona o compressor.

O engenheiro Claudio Cavalcanti, um dos integrantes da equipe, diz que o aparelho pode ser utilizado para refrigerar mais de um ambiente.

Também pode ser adaptado em outros sistemas de refrigeração, como câmaras frigoríficas e geladeiras. A idéia, baseada em projeto desenvolvido na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), é aliar economia e conservação ambiental.

"Ao mesmo tempo em que se economiza eletricidade se conserva o meio ambiente, uma vez que a energia solar é uma fonte renovável."

A equipe de engenheiros, a maioria também empresários, pretende produzir o aparelho a partir do próximo ano. Segundo o grupo, o equipamento permite uma redução de 60% no custo com energia.

"O custo de manutenção também é baixo. Além disso, nosso ar-condicionado é mais silencioso", explica Cavalcanti.

O grupo pretende instalar o protótipo em laboratórios de universidades, ainda este ano. O equipamento é mais caro do que o convencional.

Os engenheiros, no entanto, garantem que o investimento tem retorno em cerca de um ano e seis meses, em razão da economia de eletricidade.

Em relação ao tamanho do aparelho, uma caixa com mais de 50 centímetros cúbicos, os engenheiros pretendem reduzi-lo durante aprimoramento do projeto.

Cavalcanti destaca, ainda, que o novo aparelho contribui para evitar o aumento do buraco na camada de ozônio que reveste a Terra.

O buraco é provocado pela emissão de gases, a exemplo do clorofluorcarboneto (CFC), utilizados em sistemas de refrigeração convencionais, e permite a passagem de raios ultravioleta nocivos à saúde humana e ao meio ambiente.


Data: 12/09/2006