O curador do Meio Ambiente de Campina Grande, promotor José Eulâmpio Duarte, solicitou ao Departamento de Engenharia Florestal, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em Patos, a realização de um laudo técnico para constatar se há resquícios de Mata Atlântica, na área desmatada em um terreno localizado no município de Lagoa Seca. O terreno mede sete hectares e está sendo destinado para um loteamento residencial.

De acordo com o promotor, o laudo foi solicitado com o fim de comprovar se na área desmatada foram destruídas espécies vegetais típicas da região. "Se for constatado que essas espécies foram destruídas, a empresa responsável será obrigada a replantar toda a área", disse o promotor. O resultado do laudo está previsto para ser divulgado no próximo dia 20.

O terreno pertence a Constutora JK, que tem sua sede em João Pessoa. O representante da empresa em Campina Grande, Marcos Falcão, informou que a empresa cumpriu todas as determinações da lei para desmatar a área. "Nós estamos com todas as autorizações exigidas pela Justiça e já concluímos o desmatamento, deixando somente 20% da área como exige a lei", ressaltou.

O representante acrescentou que na parte do terreno que foi desmatada, não havia espécies nativas. "No local só havia um capinzal e alguns pés de eucalipto", informou Marcos Falcão. Segundo o ex-presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lagoa Seca, João Gerônimo da Costa, o terreno pertencia ao Colégio Marista e foi adquirido pela construtora há um ano.

O desmatamento foi concluído há 60 dias e levou 15 dias para ser finalizado. Na área preservada constam variadas espécies vegetais, como jatobá, angico e pau d'arco.