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Enfim, EUA enfrentam a poluição

Pela 1.ª vez em uma década, país terá regras federais mais rígidas

Pela primeira vez em quase uma década, a administração Bush estabeleceu padrões mais rígidos para a qualidade do ar dos Estados Unidos, determinando a redução de quantidade diária de fuligem expelida no ar, substância ligada a doenças coronárias e pulmonares.

No entanto, a Agência de Proteção Ambiental americana (EPA, na sigla em inglês), responsável pela medida, não foi tão rigorosa como desejavam seus próprios cientistas.

A decisão provocou críticas dos dois lados. Especialistas da saúde pública dizem que a medida foi inadequada, e responsáveis do setor industrial afirmam que ela é excessivamente rígida.

As novas regras estabeleceram um limite de quantidade dessa substância a que os americanos podem ficar expostos num período de 24 horas.

O padrão vigente, de 65 microgramas por metro cúbico de ar, caiu para 35 microgramas. No entanto, o limite anual de fuligem no ar não foi alterado. Continua na média de 15 microgramas por metro cúbico por dia, durante o período de um ano.

'A EPA, hoje, estabeleceu metas para o ar que são as mais protetoras da saúde já criadas em toda a história do país', disse Stephen Johnson em entrevista coletiva à imprensa.

'Com esses padrões preventivos, esperamos que os americanos possam respirar um ar mais limpo'.

No ano passado, a maioria do comitê científico da EPA decidiu, em votação, recomendar a redução do volume de fuligem respirado pelos americanos, da média diária de 15 microgramas por metro cúbico para 13 ou 14 microgramas.

Porém, de acordo com William Wehrum, administrador interino da EPA, as autoridades concluíram que o padrão anual vigente 'é adequado para proteger a saúde pública com uma margem de segurança apropriada e não há provas suficientes que justifiquem a redução'.

Efeito Estufa

Apesar de importante para a saúde, a decisão da EPA deve ter pouco impacto sobre o aquecimento global, cujo maior contribuinte são os EUA.

O papel da fuligem nesse processo é ainda controverso e a medida nada tem a ver com os debates sobre a participação ou não do país no Protocolo de Kyoto, que estabelece metas para redução dos gases, como o gás carbônico, causadores do efeito estufa.


Data: 25/09/2006