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Universidade Federal de Goiás tem novo curso de inclusão social: Licenciatura Intercultural Indígena

O curso terá início em janeiro de 2007 e seu objetivo é proporcionar qualidade educacional aos povos indígenas de Goiás, Tocantins e Maranhão

Trata-se do primeiro curso em Goiás nesta área. Com cinco anos de duração, vai beneficiar 60 alunos das aldeias de Karajá, Apinagé, Xerente, Tapiragé, Timbiras, Javaé e Guarani.

Segundo o reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, é mais um projeto de inclusão social aprovado pela UFG.

Resulta de parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai), as Secretarias de Educação de Goiás e do Tocantins, a Universidade Federal do Tocantins (UFT), e o Centro de Estudos Indígenas (CPI). O primeiro vestibular ocorreu em setembro.

A iniciativa de criação do curso surgiu da solicitação de comunidades indígenas à universidade, visto que a instituição possui inúmeras pesquisas antropológicas, lingüísticas e históricas sobre o tema, e também do interesse dos próprios pesquisadores, principalmente da Faculdade de Letras (FL) e da Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia (FCHF) da UFG.

Um dos eixos do curso é a sustentabilidade, que propõe a inclusão social, melhoria de vida dos índios e criação de escolas autônomas e geridas nas próprias aldeias.

Outro eixo é a diversidade cultural e lingüística, abordada de maneira ampla, respeitando a situação em que os povos indígenas vivem e permitindo maior integração entre as sociedades indígenas e não indígenas.

Para a coordenadora do curso, professora Maria do Socorro Pimentel da Silva, da FL/UFG, o principal objetivo dessa iniciativa é realmente a inclusão social.

"Este não é um projeto de integração, mas de inclusão social baseado no diálogo entre as sociedades indígenas e as restantes. A Universidade já faz isso por meio de estudos, mas o curso ampliará os benefícios para que de fato essas populações indígenas se tornem mais conhecidas no país", afirma.

As aulas serão ministradas na UFG e em aldeias indígenas. O princípio pedagógico das aulas, como explica a professora, é baseado na interculturalidade e na transdisciplinaridade.


Data: 30/10/2006