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Deputado eleito visita a UFCG

Leonardo Gadelha conversou com o reitor sobre a implantação do curso de Medicina no Sertão

Espaço para discussões com a sociedade no processo de avaliação para implantação do curso de Medicina no Sertão, foi o que solicitou o deputado estadual eleito, Leonardo Gadelha, ao reitor Thompson Mariz, em audiência na manhã desta terça-feira, 5. Leonardo disse está preocupado com as dimensões políticas que os debates sobre a expansão da UFCG vêm tomando neste instante que antecede o início dos estudos de viabilidade técnica, determinados pela reitoria.

O deputado sugeriu que a comissão de avaliação e verificação – cuja presidente, professora Vilma Mendoza, foi anunciada nesta terça-feira – democratize o processo abrindo espaço para participação da comunidade local e da sociedade civil organizada das cidades de Cajazeiras e Sousa, que pleiteiam a implantação do novo curso. Leonardo Gadelha também se colocou à disposição para intermediar o “apaziguamento dos ânimos e desarmamento dos espíritos, de sorte que a criação do curso de Medicina no Sertão não seja prejudicada”, comentou.

Ao agradecer a presteza do deputado, o reitor disse ter enfatizado em seu discurso de posse, ao anunciar os pretensos cursos de graduação a serem criados, de que o de Medicina seria implantado no campus Cajazeiras (por propensão e vocação na área de saúde, semeadas pela Escola Técnica de Enfermagem) e que o de Sousa receberia, entre outras engenharias, a de Petróleo (em sendo confirmada pela Agência Nacional de Petróleo a viabilidade econômica da exploração na região). "Mesmo assim, ao saber do interesse da cidade de Sousa pelo curso de Medicina, logo ao término da cerimônia de posse, abrimos espaço para as discussões nesse sentido, lembrando que os pareceres técnicos predominariam".

O reitor também contextualizou fatos e fez um relato histórico desde o anúncio da possível criação de um curso de Medicina num dos campi do Sertão. Reconhecendo os interesses sociais e políticos que contaminam um processo dessa natureza, pela importância econômica para as cidades interessadas, ele disse que uma decisão sobre o caso deve ser embasada, sobretudo, por estudos técnicos. “Sei do quanto é importante para os municípios, mas sinto que o MEC vai focar nas vocações e na conjuntura atual dos campi, respeitando o parecer da comissão e a decisão autônoma da instituição”, disse.

Thompson Mariz fez questionamentos filosóficos sobre os embates e as predisposições que campeiam as discussões. Detalhou fatos e se perguntou “se por ventura, o curso anunciado fosse outro, até na mesma área, como estaria a questão? Será que teríamos a mesma repercussão, quais seriam as pressões e os interesses?” 

Segundo o reitor, o projeto deve ser apresentado até março do próximo ano para avaliação do Colegiado Pleno do Conselho Universitário da UFCG e, sendo aprovado com o aporte determinante de vagas docentes pelo MEC, um vestibular especial será feito para o preenchimento das primeiras vagas do curso, no semestre 2007.2. Também participou da audiência o diretor do Centro de Ciências e Tecnologia (CCT), Bráulio Maia Júnior.


Data: 05/12/2006