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UFMG sediará base de dados sobre a educação superior na América Latina

MEC vai transferir parte dos recursos necessários para o desenvolvimento do projeto no Brasil, avaliado em dois milhões de dólares

A UFMG vai sediar a base de dados do projeto Mapa da Educação Superior na América Latina e Caribe (Mesalc), que pretende armazenar a descrição dos sistemas de educação superior de 35 instituições universitárias das duas regiões.

O estudo, coordenado pelo Instituto de Estudos Superiores da América Latina e Caribe (Iesalc), tem como parceiros a Unesco e a UFMG, cuja participação será formalizada no dia 24 de janeiro.

Na tarde desta quarta-feira, dia 27, o reitor Ronaldo Pena e a diretora do Iesalc, Ana Lúcia Almeida Gazzola, discutiram o envolvimento da Universidade, que ficará responsável pela condução da parte tecnológica do Mesalc.

Segundo a diretora, a escolha da UFMG se deve à confiança que ela tem na instituição, "sempre disposta a trabalhar em rede", e a competência do Laboratório de Computação Científica que criou a Plataforma de Integração de Dados das Instituições Federais de Ensino Superior (PingIFEs), sistema que possibilita o diálogo entre bases de dados distintas.

No Brasil, o PingIfes foi adotado pelo Ministério da Educação (MEC) para operar com a coleta de dados sobre a rotina escolar dos alunos - matrículas, transferências, ingressantes, diplomados.

Como a plataforma é flexível, pode ser expandida para buscar qualquer tipo de informações sobre ensino de graduação e pós-graduação, pesquisa e extensão.

"Com o apoio do reitor Ronaldo Pena, solicitamos ao MEC autorização para utilizar a plataforma PingIFEs no projeto Mesalc, no que fomos atendidos", disse Ana Lucia Gazzola, reitora da UFMG no período 2002-2006.

Segundo ela, o MEC vai transferir parte dos recursos necessários para o desenvolvimento do projeto no Brasil, avaliado em dois milhões de dólares.

Avaliação

A participação da UFMG não se resume a sediar a base de dados. Além de atuar como consultores do projeto, os professores da Universidade vão contribuir com os Estudos dos Sistemas de Avaliação de Pós-Graduação nos Países da América Latina e Caribe, desenvolvido em parceria com a Capes, a Iesalc e outros organismos da América Latina, sob coordenação do professor Jaime Ramirez, pró-reitor de Pós-Graduação da UFMG.

Para Ronaldo Pena, parcerias como esta "aumentam a relevância da inserção internacional da UFMG e fortalecem as instituições universitárias da América Latina e Caribe".

Ao aceitar sediar a base de dados do Mesalc, o reitor quer "frutificar o conhecimento já existente, revelando a excelência do avanço das universidades na América Latina".

Uma comissão internacional, da qual participa o pró-reitor da Graduação da UFMG, Mauro Mendes Braga, definirá as diretrizes da pesquisa. "Não pretendemos estabelecer um ranking entre as universidades desses países, mas obter uma descrição delas", ressalta Ana Lúcia.

Para tanto, serão utilizados indicadores capazes de revelar uma "radiografia" das instituições em variáveis como qualidade de pesquisa, ensino, formação de recursos humanos, inserção social, promoção de ações culturais e a atuação a favor do desenvolvimento regional.

A primeira reunião técnica do projeto será realizada nos dias 24 e 25 de janeiro. Dela participarão, além da professora Ana Lúcia Gazzola, os professores Mauro Braga, Jaime Ramirez, Márcio Bunte, diretor do Laboratório de Computação Científica, Oswaldo Carvalho, coordenador do projeto PingIFES, Maria Céres Pimenta, diretora de Divulgação e Comunciação Social, e o professor Ricardo Fenatti, do departamento de filosofia da UFMG.


Data: 28/12/2006