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MEC apresenta o sistema Universidade Aberta do Brasil

O sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC), passará a ser administrado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/ MEC). A mudança vai ao encontro da necessidade de tratar nacionalmente a formação de professores da educação básica.

“A Capes formava professores para o nível superior e agora formará, também, esses professores para outros níveis de ensino”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad, durante o 1º Seminário Nacional para Coordenadores de Pólos de Apoio Presencial do Sistema Universidade Aberta do Brasil, que ocorre nesta terça, 16, e quarta-feira, 17, no Hotel Blue Tree Alvorada, em Brasília. O objetivo do seminário é apresentar o sistema UAB aos principais responsáveis pela gestão dos pólos, que serão inaugurados em 297 municípios do interior, em junho e setembro deste ano.
Para Haddad é um equívoco insistir numa contradição entre educação básica e educação superior. “Não se pode focar uma etapa e relegar outras a segundo plano. O compromisso é com todos os níveis da educação”, disse.

Segundo o presidente da Capes, Jorge Guimarães, o desafio é diminuir a defasagem entre a capacidade de produção de ciência e o desempenho na transmissão de conhecimentos alcançados. Enquanto o Brasil ocupa o 17º lugar na classificação mundial de produção de ciência e tecnologia, no quesito qualidade de ensino cai para a 86ª posição. “A Capes iniciará sua inserção na formação de professores da educação básica com o experimento da UAB e os pólos serão parceiros fundamentais para a ação da nova Capes”, afirmou. 

Coordenadores — Em Goianésia do Pará, a 390 quilômetros da capital, Belém, o pólo de apoio presencial da UAB, que será inaugurado em junho, funcionará no prédio de uma escola estadual, onde já existem laboratório de biologia, sala de conferência e auditório. “Temos capacidade para atender inicialmente 150 estudantes, que poderão optar por cursar letras, matemática ou biologia. Os cálculos dos custos já foram para o departamento de compras”, garantiu a coordenadora do pólo de Goianésia, Ana Cláudia Figueiredo, que é coordenadora-geral de Escolas, da Secretaria de Educação do município. Os cursos serão em parceria com a Universidade Federal do Pará (Ufpa).

Já no Espírito Santo, as coordenadoras dos pólos de Domingos Martins, Santa Leopoldina e Vila Pavão apostam na troca de experiências para obter  bom resultado na instalação da UAB. Uma das dificuldades apontadas pela coordenadora de Santa Leopoldina, Flora Maria Marques, tem sido conseguir pessoal capacitado para trabalhar como técnico em laboratório. No município, a UAB funcionará com os cursos de física, química, artes visuais, ciências contábeis e sistema de informação. Este último em parceria com o Cefet e os demais com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).


Data: 16/01/2007