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SBPC planeja transmissões ao vivo de conferências da 59ª Reunião Anual

Em seu segundo dia em Belém, o presidente da SBPC, Ennio Candotti, avançou na colaboração do governo do Estado para a realização, na capital paraense, da 59ª Reunião Anual da entidade.

“Os trabalhos de organização começam a andar de fato. Por enquanto estamos planejando. Verificando o que funciona e não funciona, pode-se fazer a transmissão não pode. Vendo o que falta, quanto de recursos é necessário, como vão ser distribuídas as atividades, quais os temas, os temas de maior relevância. Agora estamos fazendo esses movimentos e agora está começando a andar”, analisou.

Na tarde desta terça, Candotti reuniu-se com a direção da Funtelpa (Fundação de Telecomunicações do Pará) para garantir as transmissões on line das principais conferências da reunião.

Os profissionais e equipamentos da emissora estadual ficariam responsáveis por transmitir as conferências para o sistema de informação da Universidade Federal do Pará, sede do evento, que os disponibilizaria na internet.

Há menos de um mês no cargo, a presidente da Funtelpa, Regina Lima, disse que a fundação está em fase de planejamento e ajuste de despesas, mas demonstrou interesse em concretizar a parceria com a SBPC.

“De nossa parte há todo o interesse em participar. Só precisamos definir os custos e a quantidade pessoal e equipamento que teremos de disponibilizar para sentarmos novamente e decidirmos exatamente o que poderemos e o que não poderemos fazer”, disse.

Ficou acertado, então, que depois de realizarem visita técnica nos locais onde serão realizadas as conferências na UFPA, a direção da emissora fará um orçamento dos custos necessários para o serviço.

“Precisamos destes custos para buscar os recursos. Acredito que não teremos dificuldades em consegui-los. Podemos até pensar em fazer uma captação específica para a transmissão”, afirmou Candotti.

Uma alternativa sugerida para baratear os custos de transmissão seria a compra de alguns equipamentos que depois seriam doados ao Curso de Comunicação da Ufpa.

As conferências também seriam gravadas em fitas para futura utilização da emissora em sua grade de programação. “Sabemos da importância do evento e tudo que estiver ao nosso alcance será feito para realizarmos esse trabalho”, garantiu Paulo Roberto Ferreira, diretor de TV da Funtelpa.

Marabá - Em contatos realizados com os setores de meio ambiente e de planejamento do Governo do Pará, Candotti definiu um seminário preparatório para Reunião Anual da SBPC a ser realizado em maio em Marabá, cidade do sul do Pará.
O evento seria feito com a participação de lideranças dos movimentos sociais para reunir subsídios sobre o assunto e trazer para a reunião de julho, na universidade.

“Acatamos a proposta de participarmos deste seminário preparatório que tem como tema principal o valor da floresta e o desenvolvimento social”, afirmou Raimunda Monteiro, do Instituto de Florestas do Pará.

“O governo vai ter papel decisivo na política de reflorestamento do sul e sudeste do estado, área com maior déficit da região. Para isso, vamos envolver nesse projeto os atores econômicos envolvidos, como as industrias de ferro gusa e também, amplamente, envolver os segmentos rurais que podem vir a se beneficiar de um projeto amplo de reflorestamento”, completou.

Candotti explicou que a questão amazônica não pode ser tratada apenas do ponto de vista tecnológico científico sem levar em consideração os conflitos sociais, a ocupação das terras amazônicas e o desmatamento.

“Isto gera obviamente grandes conflitos não só fundiários, mas também de aproveitamento de terras sem muito cuidado com as responsabilidades. Principalmente na questão de derrubada de matas para o avanço da fronteira agrícola sem levar em consideração que existem enormes extensões de áreas degradadas e que poderiam ser recuperadas. Só que para recuperá-las precisamos equacionar os custos de aproveitamento e as pessoas interessadas em ocupar novas áreas estão dispostas a isso”, frisou.

A idéia do seminário em Marabá é avançar na discussão de como planejar a ocupação de novas áreas, agregando valor aos produtos naturais, encontrando alternativas economicamente sustentáveis para o desenvolvimento da região.

“Em especial as guseiras que se utilizam da queima de madeira para a produção de ferro gusa e isso gera empregos e provoca desmatamento que poderiam ser evitados se fossem encontrados outros caminhos, como a plantação de madeira para essa finalidade e até mesmo o uso de gás como alternativa para alimentar a produção do ferro gusa”, completou Candotti.


Data: 24/01/2007