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Bolsas vão tentar manter pesquisadores no Brasil

O governo quer combater a chamada fuga de cérebros criando um programa para manter no país doutores recémformados. A idéia é oferecer bolsas de R$ 3.300 por mês, que poderiam ser complementadas por empresas, centros de pesquisa ou instituições de ensino interessados em contratar os serviços do profissional. A medida poderá fazer parte do pacote educacional que o ministro da Educação, Fernando Haddad, apresentará nesta segundafeira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

O Brasil formou dez mil doutores no ano passado. O problema é que parte deles não consegue emprego à altura de sua qualificação. Caso seja criado, o chamado Plano Nacional de Pós-Doutorado poderia abrir até mil vagas por ano. Cada contrato teria duração de cinco anos, tempo suficiente para o doutor desenvolver um projeto de pesquisa e encontrar um lugar no mercado de trabalho.

 

— Não basta a gente formar, é preciso absorver — diz o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães. O Ministério da Educação deverá somar esforços com o Ministério da Ciência e Tecnologia.

 

A idéia é que a Capes, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) selecionem projetos apresentados pelos doutores, em parceria com uma universidade, uma empresa, uma fundação estadual de amparo à pesquisa ou um centro científico.

 

Além da bolsa de R$ 3.300, o governo daria uma ajuda inicial de cerca de R$ 1.200 para cada pesquisador, o chamado enxoval. Caso a meta de conceder mil bolsas por ano seja atingida, o custo ficaria em cerca de R$ 41 milhões por ano.


Data: 05/03/2007