Imagens subliminares deixam impacto no cérebro, diz estudo Quando se trata de imagens subliminares, longe dos olhos não significa longe da mente Embora as imagens ou mensagens sejam invisíveis, e as pessoas não tenham consciência de que as viram, elas captam a atenção do cérebro em um nível subconsciente, dizem pesquisadores. As descobertas de cientistas do University College de Londres sugerem que a publicidade subliminar, que emprega imagens ou mensagens para influenciar os consumidores, deixam um impacto no cérebro. "Esta é a primeira vez que se demonstra que o cérebro pode prestar atenção a coisas das quais nós nem sequer tomamos consciência", disse em entrevista o Dr. Bahado Bahrami, chefe da equipe. Os pesquisadores empregaram uma técnica de escaneamento chamada MRI para registrar a atividade cerebral de voluntários aos quais foram mostradas imagens e depois se pediu que desempenhassem tarefas. Os cientistas constaram que o cérebro responde a imagens tênues, embora o espectador não tenha consciência de ter visto as imagens. Para Bahrami, "a descoberta aponta para o tipo de impacto que a publicidade subliminar pode exercer sobre o cérebro". Mas ele disse que o estudo não revela se esse tipo de publicidade afeta ou não a decisão de uma pessoa de comprar um produto. Os cientistas pediram a voluntários que usassem óculos com lentes filtradas para azul e vermelho e lhes apresentaram uma imagem tênue de objetos do cotidiano a um olho e uma imagem forte em lampejos contínuos para o outro. A imagem forte encobriu totalmente a imagem tênue. Também se pediu aos voluntários que realizassem tarefas mentais simples e mais difíceis ao mesmo tempo. Durante as tarefas mais fáceis, os cérebros dos voluntários captaram os estímulos subliminares, mas, nas tarefas mais difíceis, o MRI não registrou atividade cerebral, porque o cérebro bloqueou a entrada das imagens subliminares. "O que comprovamos é que podemos receber do córtex visual (do cérebro) respostas confiáveis que correspondem a imagens tênues, mesmo que os sujeitos não enxerguem essas imagens", disse Bahrami. "Essas reações se reduzem quando os sujeitos estão ocupados fazendo algo difícil." Data: 15/03/2007 |