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Evitar aquecimento custaria menos de 0,6% do PIB mundial, diz ONU

Conseguir que a temperatura média do planeta não suba mais de dois graus teria um custo de apenas 0,6% do PIB mundial previsto para 2030, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), órgão criado pela ONU (Organização das Nações Unidas). A estimativa foi divulgada hoje pela agência de notícias japonesa Kyodo.

"Há um grande potencial econômico para limitar as emissões de gases do efeito estufa em todos os setores nas próximas décadas, e até mesmo para reduzi-las abaixo dos níveis atuais", afirma o documento final do relatório do 3º grupo de trabalho do IPCC.

O texto pede a aplicação de medidas contundentes em um curto prazo para poder reverter a tendência do atual aquecimento do planeta pela ação humana. O grupo de trabalho planeja publicar um relatório final de conclusões em maio.

"As
medidas que serão tomadas para atenuar o aquecimento do planeta nos próximos 30 anos determinarão até que ponto a temperatura média aumentará e as conseqüências ambientais deste aumento", afirma o relatório, segundo a Kyodo.


O grupo de especialistas calcula que as emissões de gás carbônico (CO2) geradas pela ação humana crescerão entre 40% e 110% até 2030, especialmente devido ao aumento da produção nos países em desenvolvimento.

Segundo o relatório, o custo de evitar que a temperatura do planeta aumente até três graus em média em relação à revolução industrial, no século 19, incluindo o aumento de 0,7% já registrado, seria equivalente a 0,6% do PIB mundial estimado para 2030.

O IPCC foi criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial e o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), com o objetivo de avaliar todas as informações disponíveis sobre a mudança climática para, posteriormente, elaborar relatórios que ajudem a entender melhor as causas e a tomar as medidas que sejam necessárias para evitar um superaquecimento global.


Data: 19/03/2007