CNPq divulga resultados dos investimentos nos últimos quatro anos no fomento à pesquisa
O presidente do CNPq, Erney Camargo, salientou o aumento no valor e número das bolsas de Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado e Produtividade em Pesquisa, sem reajustes desde 1994
“Esta é a nossa prestação de contas para cumprir com o dever de dar transparência às nossas ações”, disse Erney Camargo, ao divulgar a publicação do Relatório Institucional da agência, referente à gestão de 2003 a 2006.
O documento começa a ser enviado esta semana a pesquisadores, instituições de ensino e pesquisa, ministérios e órgãos ligados à C&T, além de parlamentares.
Uma gestão que priorizou a recuperação e atuação da Agência no fomento à pesquisa tem muitos pontos de destaque a ressaltar nesses quatro anos de trabalho voltado para a comunidade acadêmica.
Dentro da Casa, o relatório mostra a significativa recuperação e o fortalecimento da área de informática do CNPq, além da revisão de contratos de terceirização, aquisição de novos equipamentos e implementação de procedimentos totalmente eletrônicos.
A implantação do Centro de Memória, responsável pela guarda de documentos históricos do CNPq em suas diversas versões (texto, fotos, microfilmes), com uma biblioteca de mais de 30 mil volumes, a revisão e simplificação da Plataforma Lattes com a introdução do sistema on-line, mais eficiente e de baixo custo, e criação da Plataforma Integrada Carlos Chagas são outros exemplos de ações desenvolvidas nesta gestão.
Voltado para o fomento à pesquisa, o CNPq priorizou o fortalecimento do sistema estadual de Ciência e Tecnologia por meio de parcerias com as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) e Secretarias de C&T, resultando na ampliação dos investimentos no setor com as contrapartidas exigidas nas chamadas públicas.
Dentre as parcerias firmadas destacam-se o Programa Primeiros Projetos (PPP), o Programa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional (DCR), o Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex), o Programa de Iniciação Científica Júnior (ICJr) e o Programa de Pesquisa para o SUS (PP/SUS), associado ao Ministério da Saúde.
Novas bolsas e projetos
“Alcançamos um patamar de estreita interação com o Congresso Nacional, inclusive com a obtenção de emendas orçamentárias para o CNPq, tudo com absoluta transparência de critérios e concessões de auxílios”, disse Erney Camargo.
Ele ressaltou também o aumento no valor e número das bolsas de Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado e Produtividade em Pesquisa, sem reajustes desde 1994, o lançamento da nova etapa do Programa Institutos do Milênio, com financiamento de 34 grupos de pesquisa, além da criação de novos programas como o “Casadinho”, de financiamento à cooperação entre cursos de pós-graduação, Programa Primeiros Projetos, de fomento à pesquisa para jovens doutores, o Programa Pós-doutorado Júnior, restrito a jovens doutores, o Programa de Bolsas de Produtividade em P&D Tecnológico.
Outros pontos de destaque apresentados pelo Relatório:
A reestruturação dos Comitês de Assessoramento (CAs), com o desdobramento de alguns e a criação de novos, a fim de atender a áreas não contempladas;
A criação da Bolsa Sênior como homenagem aos pesquisadores mais eminentes que mantiveram Bolsa de Produtividade em Pesquisa no nível 1A por mais de 15 anos, das bolsas de extensão voltadas à difusão e divulgação de tecnologias básicas;
A Bolsa de Iniciação Científica Júnior, de estímulo a estudantes do ensino médio; implantação do Grant ou “bolsa prêmio” associada à Bolsa de Produtividade em Pesquisa do Nível I, um recurso adicional para pequenas despesas, participação em eventos e outras atividades relacionadas à pesquisa.
Premiações
Na área de premiações e reconhecimento aos trabalhos desenvolvidos em prol da C&T, a gestão restaurou o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para C&T, em parceria com a Fundação Conrado Wessel, e criou o título de Pesquisador Emérito para pesquisadores brasileiros ou estrangeiros – radicados no Brasil há pelo menos 10 anos –, pelo conjunto de sua obra científico-tecnológica e por seu renome junto à comunidade científica.
E também criou a Menção Especial de Agradecimento, como reconhecimento aos significativos serviços prestados por colaboradores que incentivam o crescimento, o desenvolvimento, aprimoramento e a divulgação do CNPq.
Participação feminina
Um cenário de mudança ocorreu também quanto à participação feminina. Em algumas modalidades, o número de mulheres chega a superar o de homens há alguns anos, como o caso das bolsas de Mestrado, onde 52% do total são concedidas às mulheres.
No doutorado, o aumento de bolsistas mulheres foi de cerca de 37%, nos últimos cinco anos, igualando-se à participação masculina. Hoje, são 3694 bolsistas mulheres e 3697 bolsistas homens.
Como conseqüência desse crescimento, as mulheres também têm ampliado sua atuação no campo da pesquisa. Além de aumentarem em números, elas vêm assumindo mais responsabilidades.
Exemplo disso é o aumento de propostas submetidas por mulheres para o Edital Universal, o principal instrumento de fomento à pesquisa do CNPq, destinando recursos a todos os segmentos da comunidade científica.
De 2004 a 2006, a demanda feita por pesquisadoras cresceu, chegando a 41% do total de propostas submetidas.
Assim, aos poucos, esse avanço na participação das mulheres no ambiente de ciência e tecnologia vem se refletindo na maior presença delas nos níveis mais altos da carreira científica.
Em 2006, o CNPq concedeu 23% a mais de bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ) para mulheres em relação à 2002 - 2517 bolsas em 2002 para 3096 em 2006. As Bolsas PQ são destinadas a pesquisadores com, no mínimo, título de doutor e alta produtividade científica. Data: 26/04/2007
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