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Nordeste de olho no mercado de software

Mais um passo foi dado para a integração do Nordeste para ações regionais na área de C&T. Desta vez, as propostas vieram após a visita, na última sexta-feira, do secretário adjunto de C&T e Ensino Superior do Ceará, Mauro Oliveira, a Pernambuco.

A principal idéia do secretário foi propor ações coordenadas para que o Nordeste entre na briga por uma posição de destaque no cenário nacional no mercado offshore (de terceirização de mão-de-obra especializada) no setor de software.

Com isso, o diretor regional Nordeste do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), Aristides Monteiro, irá apresentar na próxima reunião do Consecti não só a proposta de uma rede regional de parques tecnológicos, mas também a idéia de integrar as ações da região para o setor de softwares. A primeira reunião do Conselho acontece na próxima sexta-feira, às 10h, no RJ.

Segundo Monteiro, a idéia é fazer com que a rede regional se consolide, fazendo com que o MCT tenha um olhar mais forte, mais articulado para a região".

"Queremos posicionar certas estratégias, que alguns estados já possuem, em nível nacional e mundial, para que a região possa fazer apostas de longo prazo", explicou o diretor do Consecti, que também é secretário de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco.

Entre essas apostas de longo prazo citadas pelo diretor regional do Consecti, está a consolidação do Nordeste como fornecedor de mão-de-obra para o mercado offshore no setor de software. Esse mercado representa US$ 35 bilhões e cresce 20% ao ano. A expectativa é que ele chegue a US$ 70 bilhões em 2009.

Segundo o Relatório Mundial de Outsourcing, feito pelas consultorias Garner, AT Kearney e International Data Corporation (IDC), o Brasil ocupava o 15º lugar neste mercado em 2006, mas o estudo prevê que o País chegue à quarta posição em 2015.

"Uma ação proativa dos estados nordestinos fará com que, quando essa nova perspectiva de mercado chegar no Brasil, não passe direto para o eixo Sul-Sudeste, como tem sido feito historicamente. O poder de atração de um Estado como SP, por exemplo, que tem 48% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, é muito forte em cima de qualquer área, em especial uma área de ponta, como é a Ciência e a Tecnologia. Então, achamos que uma ação integrada e coordenada, apoiada pelo MCT, pode fazer o Nordeste tomar conta deste mercado", revelou Mauro Oliveira.


Data: 25/04/2007