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Novo presidente do BNDES destaca necessidade de inovação tecnológica em informação e comunicação, microeletrônica, software e hardware

Segundo Coutinho, estes segmentos representam apenas 5,5% do valor agregado da indústria brasileira, enquanto nos países desenvolvidos, elas representam 27,5%

O novo presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, afirmou em seu discurso de posse nesta quarta-feira, no RJ, que para equiparar-se em termos competitivos a países desenvolvidos, o Brasil precisa avançar na inovação tecnológica de sua indústria.

Ele citou os setores de tecnologia da informação e comunicação, microeletrônica, software e hardware.

Segundo Coutinho, estes segmentos representam apenas 5,5% do valor agregado da indústria brasileira, enquanto nos países desenvolvidos, elas representam 27,5%.

"Não há dúvida de que neste campo o Brasil marcou passo, enquanto as economias asiáticas em desenvolvimento vêm avançando celeremente na manufatura e na exportação de bens e serviços associados às tecnologias de informação e de comunicações. Isso explica, em larga medida, o peso crescente e o sucesso dessas economias do comércio mundial de manufatura desde o início dos anos 90", afirmou Coutinho.

O ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento) elogiou Coutinho e pediu agilidade no processo de aprovações do banco. "Deve ser mais rápido [aprovação], isso é requerido", afirmou.

O discurso dele agradou a empresários que estiveram na posse.

O deputado federal (PTB-PE) Armando Monteiro Neto, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), disse que a chegada de Coutinho marca um engajamento maior do BNDES com a política industrial.

"Eu diria que o BNDES, pelo peso, pelo que representa, não é apenas mero instrumento da política industrial. Ele tem capacidade de pensar a política industrial, de corrigir rumos, de colocar seu peso neste processo estratégico de desenvolvimento", afirmou.

O presidente da Gradiente, Eugênio Staub, comentou que Coutinho focalizou complexos industriais de "maior densidade tecnológica, maior valor agregado e intelectual, que estão mudando o mundo".

"Vai haver um foco maior do que havia nestes setores", afirmou.


Data: 03/05/2007