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Novo secretário de educação superior defende expansão com qualidade e inclusão social

O novo titular da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), Ronaldo Mota, disse nesta terça-feira, 8, em sua cerimônia de posse, que a expansão do ensino superior deve ser balizada em critérios de qualidade e inclusão social. “Cada vez que possibilitamos o acesso das camadas mais populares à educação superior, houve ganho de qualidade. Portanto, quanto mais incluímos, mais temos qualidade e expandimos”, sintetizou.

 

Segundo Mota, o País presencia um momento decisivo na história. “Em meados dos anos 80, conquistamos a democratização plena. Nos anos 90, conseguimos a estabilidade econômica. Agora, definimos a educação como prioridade do País”, enumerou.

 

Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, o novo secretário terá como desafios principais fazer a avaliação servir de base para a regulação do ensino superior; desenvolver o plano de reestruturação das universidades federais para ampliar os horizontes acadêmicos dos alunos no que diz respeito à flexibilidade, acesso e permanência e mobilidade estudantil; cumprir o compromisso de aliar a educação superior ao ensino básico por meio da Universidade Aberta do Brasil.

 

Haddad lembrou as novas medidas anunciadas em março para garantir a autonomia das universidades federais. O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) pretende dobrar o número de estudantes de graduação, em dez anos, a partir do aumento da relação entre professor e aluno e da contratação de mais docentes. Para isso, o Ministério da Educação vai aumentar em 20% o orçamento das instituições federais de ensino superior.

 

Professor-equivalente

 

Outra novidade será discutida em reunião, na tarde desta terça-feira, entre Mota e reitores das universidades federais: a criação do banco de vagas para docentes tendo como referência a unidade professor-equivalente, prevista no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

 

De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Paulo Speller, a medida vai permitir que a gestão dos recursos humanos das universidades seja feita pela própria instituição, não mais pelo MEC. “A universidade poderá decidir como e quantos professores devem ser contratados a partir da sua demanda”, explicou Speller.

 

De acordo com o Censo da Educação Superior de 2005, há hoje no País 4.453.156 estudante no ensino superior, dos quais 1.192.189 em instituições públicas.


Data: 08/05/2007