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Presidente da Andifes quer discutir situação dos hospitais universitários

O novo presidente da Andifes, Arquimedes Diógenes Ciloni, quer voltar a discutir um assunto polêmico no âmbito do governo federal, que envolve os ministérios da Educação e da Saúde.

"Eu pretendo trazer para o primeiro plano a questão dos hospitais universitários. É preciso reativar os trabalhos da comissão interinstitucional que debate a questão dos hospitais universitários", afirmou Ciloni. Ele foi eleito junto com a nova Diretoria Executiva da associação, no último dia 18, para o período 2007-2008.

Na proposta de reforma universitária que o governo enviou ao Congresso Nacional, em junho de 2006, os repasses de recursos a essas instituições não foram retirados do orçamento do Ministério da Educação (MEC), como defende a Andifes.

Além de formar os estudantes da área de saúde, os hospitais universitários prestam atendimento à população, abrigam cursos de pós-graduação e desenvolvem pesquisas. Desde a década de 1990, eles enfrentam uma crise marcada pela falta de recursos e de funcionários, que geraram inúmeras greves. O projeto de reforma universitária está parado no Congresso.

No que diz respeito ao processo de expansão e interiorização das instituições federais de ensino superior (Ifes), Ciloni ressalta que a intenção é participar do planejamento. Ele sustenta a idéia de que essa expansão deve contemplar também "a criação de cursos tecnológicos nos campi já consolidados, nas sedes das universidades".

A expectativa de que o crescimento econômico do país seja acelerado, a partir deste ano, leva o presidente da Andifes a também defender com veemência a reestruturação e a valorização do ensino das engenharias.

"Nós precisamos formar mais pessoas qualificadas nas engenharias, criar incentivos que estimulem as empresas brasileiras a criarem a sua própria base de pesquisa. É uma mudança de cultura."

Ciloni disse acreditar que o PAC da C&T, em fase de elaboração pelo MCT, pode influenciar essa mudança, inclusive com o incentivo à contratação de mestres e doutores pelas empresas brasileiras.

Apesar de afirmar que o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) "é uma iniciativa das mais importantes que se tomam em décadas neste país", o representante das universidades federais ressalta a necessidade de valorizar a carreira de professor. "De nada adianta construir um grande pacto federativo, se não começarmos fazendo a primeira tarefa, a de dar dignidade à carreira de professor."

O PDE, anunciado pelo governo no mês de abril, tem como foco a educação básica, principalmente pelo aumento de recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Perfil

Arquimedes Diógenes Ciloni possui doutorado e mestrado em engenharia civil pela Universidade de São Paulo (USP) e graduação em engenharia civil pela Faculdade de Engenharia Civil de Araraquara. É reitor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) desde 2004.

Para saber mais, acesse http://www.andifes.org.br.


Data: 29/05/2007