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Angola recebe primeiro mestrado brasileiro no exterior

A Capes/MEC e a Fiocruz iniciaram nesta segunda-feira o primeiro mestrado no exterior promovido pelo Brasil. A pós-graduação em saúde pública, parceria com o governo de Angola, é realizada pela Universidade Agostinho Neto, em Luanda, Angola. O presidente da Capes, Jorge Guimarães, afirma que este é um passo importante para o país, porque representa o início da internacionalização da pós-graduação brasileira.

"Passadas quatro décadas do início formal da pós-graduação no Brasil, que subsidia enormes avanços da ciência nacional, temos agora oportunidade de compartilhar essa experiência de sucesso com países que demandam tal participação, como é o caso dos países de língua portuguesa e do Mercosul", avalia.

Guimarães revela que a Capes está formatando cursos de mestrado e doutorado com universidades norte-americanas, francesas e argentinas em áreas que o Brasil possui reconhecida liderança científica, como agricultura tropical, arquitetura e construção, doenças tropicais, produção animal, saúde pública e automação.

"Com a internacionalização, fortalecemos a mobilidade de pesquisadores, professores e estudantes, além de revertermos uma situação recente em que só o Brasil enviava seus estudantes ao exterior."

A turma do mestrado em Angola tem 33 estudantes. O professor Paulo Sabóia, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, ministrará a primeira disciplina com temas sobre saúde, estado e sociedade.

A vice-presidente de ensino, informação e comunicação da Fiocruz, Maria do Carmo Leal, e o diretor da escola, Antônio Ivo de Carvalho, participam da aula magna. De acordo com Maria do Carmo, o objetivo do mestrado é formar profissionais qualificados para atuar na futura escola de saúde pública do país.

"É muito importante que os jovens sejam formados lá. Esse projeto é mais amplo porque o governo angolano precisa de pessoal altamente qualificado para montar seu sistema de saúde pública", explica. A iniciativa faz parte da política externa do governo federal de colaboração com países africanos e latino-americanos. "O Brasil quer fortalecer suas relações culturais e históricas com esses países, além de valorizar a língua portuguesa", afirma Maria Leal.


Data: 29/05/2007