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Andifes debate a questão dos hospitais universitários com o ministro da Educação

O presidente da Andifes, reitor Arquimedes Diógenes Ciloni (UFU), participou, na tarde desta segunda-feira (11/06), de reunião no Ministério da Educação (MEC) para tratar sobre os hospitais universitários.

 

Arquimedes apresentou as demandas dos HUs, ressaltando a importância de se rever a questão da contratualização paralelamente ao debate da transformação dos hospitais em fundações estatais de direito privado. Segundo ele, com os gastos crescentes e a estabilidade da contratualização, os HUs não têm capacidade de investimento, sendo levados ao sucateamento.

 

Fernando Haddad enfatizou o apoio do MEC para o debate sobre a questão da transformação dos hospitais universitários em fundações. Para ele, a decisão do Ministério da Saúde já foi tomada, mas esbarra na questão da autonomia universitária, uma vez que toda mudança relativa aos HUs deve ser aprovada pelo Conselho Universitário de cada Instituição Federal de Ensino Superior (Ifes). “Não podemos impor essa alternativa às instituições, mas o debate precisa ser iniciado. Depois disso, pode ser que essa seja a melhor solução ou que se encontrem outros caminhos”, afirmou.

 

O MEC elaborará relatório circunstanciado sobre o trabalho da comissão formada pelos Ministérios da Educação, da Saúde e da Ciência e Tecnologia para analisar a transformação dos HUs em fundações. O documento deve conter a forma como o estudo foi desenvolvido, a decisão do ministro da saúde, José Gomes Temporão, e as especificidades dos hospitais universitários. Com isso, o Fernando Haddad pretende abrir o debate para que a comunidade universitária e a sociedade se manifestem.

 

Com relação à comissão interministerial criada anteriormente para estudar os hospitais universitários, José Roberto foi enfático ao demonstrar a importância da retomada dos trabalhos por ela desenvolvidos. Para ele, o primeiro mandato do governo Lula enfrentou as demandas dos HUs de maneira adequada, baseando-se na qualidade. “Mas a questão estacionou e a comissão, que não se reúne há aproximadamente seis meses, precisa retornar à atividade com urgência”, afirmou.

 

Especificamente sobre essa questão, Fernando Haddad acenou positivamente, comprometendo-se a conversar com o ministro Temporão para dar continuidade aos trabalhos paralisados.


Data: 12/06/2007