O plano que o MCT vai desenvolver nos próximos quatro anos já está detalhado. Depois de ouvir entidades participantes do Sistema Nacional de C&T, o MCT organizou algumas diretrizes de ações

A proposta ainda recebe sugestões, mas é difícil que ministério mude significativamente o que já está delineado no plano. Isso porque a idéia do MCT é apresentar o chamado PAC C&T na próxima reunião do Conselho Nacional de C&T (CCT), programada para acontecer no dia 26 de junho.

O detalhamento do programa PAC C&T foi apresentado pelo secretário executivo do MCT, Luis Antonio Rodrigues Elias, aos participantes do 6º Encontro Nacional da Inovação Tecnológica (Enitec), que aconteceu nos dias 13 e 14, no Rio de Janeiro (RJ). "Serão de 40 a 50 programas em 19 novas linhas de ação", disse.

Foram definidas quatro prioridades estratégicas para a implementação do programa: expansão e consolidação do Sistema Nacional de CT&I; promoção da inovação tecnológica nas empresas; P&D em áreas estratégicas; e C&T para o desenvolvimento social.

O secretário detalhou as ações para a o Sistema Nacional de CT&I e para o apoio à inovação tecnológica nas empresas. "O MCT está criando um plano concreto com viabilidade de recursos. Não podemos criar um plano só de ações, sem ter as condições de recursos", disse.

O ministério espera que, com a nova regulamentação do FNDCT, o fundo assegure recursos para todas as áreas da ciência. O orçamento previsto de 2007 a 2010 é de R$ 7,5 bilhões. Elias conta que pediu ao presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o apoio para apreciar a regulamentação em regime de urgência. "A regulamentação será rápida", garantiu.

Foram escolhidas oito áreas estratégias que receberão apoio específico no PAC C&T. São elas: programa espacial; programa nuclear; segurança e defesa nacional; biodiversidade e recursos naturais; mar e antártica; desenvolvimento sustentável da Amazônia; desenvolvimento sustentável do Semi-Árido; metrologia e mudanças climáticas.

A C&T para o desenvolvimento social terá duas linhas de ação. A idéia é criar iniciativas voltadas para a popularização da C&T e para a melhoria no ensino de ciências. "Vemos importantes passos sendo dados, um exemplo é a Olimpíada Brasileira de Matemática que, este ano, contou com a participação de 17,5 milhões de alunos em 90% das escolas estaduais e municipais de todo o Brasil", citou Elias.

O secretário disse que o plano não é apenas um programa do MCT. "Ele deve ser considerado um plano de todos os agentes que atuam em CT&I para o desenvolvimento do Brasil", avaliou.