Instituições nacionais cobrem com até US$ 35 mil parte do custo para quem busca MBA em outros países

Se faltar dinheiro para uma especialização no exterior, existem instituições no Brasil que podem cobrir a diferença. Sabendo disso, a consultora de gerenciamento Mariane Akemi Hotta, de 26 anos, entrou em contato com a Fundação Estudar, de São Paulo, e garantiu uma bolsa parcial para concretizar o sonho de estudar nos Estados Unidos.

Está de malas prontas para Boston, onde, a partir de setembro e pelos próximos dois anos, fará o curso de MBA da Harvard Business School, da conceituada Universidade Harvard.

Formada há quatro anos na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Mariane acredita que, após Harvard, terá muito mais condições de brigar por melhores postos no Brasil. “Em minha área, um MBA significa subir pelo menos dois cargos numa grande empresa”, diz.

A Fundação Estudar foi criada em 1991 com o objetivo de incentivar a formação e capacitação de estudantes brasileiros como Mariane. Já concedeu 364 bolsas de estudo para graduação e pós-graduação, das quais 139 para cursos de MBA no exterior.

A diretora executiva da instituição, Thaís Junqueira, explica que, depois que se formam, os alunos fazem um acordo para definir como será feito o reembolso do valor da bolsa - que fica entre US$ 5 mil e US$ 35 mil. “Não há a obrigação de pagar, mas contamos com o comprometimento do bolsista.”

No Rio Grande do Sul, o Instituto Ling faz trabalho similar desde 1995. “Até 2006, 67 alunos foram beneficiados com bolsas de estudos de MBA e 10 com mestrados em direito”, informa a coordenadora da instituição, Sandra Lemchen Moscovich.

“Estamos finalizando a seleção de 2007, o que incrementará esses números.” O Instituto Ling, que costuma dar bolsas de US$ 10 mil a US$ 25 mil, também solicita dos contemplados o reembolso ao final do curso.