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Projeto do MEC seleciona oito alunos estrangeiros da UFCG

Estudantes africanos receberão auxílio financeiro

 

Oito alunos estrangeiros da UFCG foram selecionados pelo MEC, este ano, para serem beneficiados pelo Projeto Milton Santos de Acesso ao Ensino Superior (Promisaes). O projeto oferece apoio financeiro para estudantes estrangeiros do Programa Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G). Somados aos três selecionados no ano passado, a universidade conta agora com 11 beneficiários - dos seus 14 graduandos estrangeiros inscritos no programa.

 

Segundo a coordenadora de Programas e Estágios da Pró-Reitoria de Ensino, Betânia de Oliveira, o estudante selecionado recebe o auxílio financeiro mensal, no valor de um salário-mínimo, para cooperar com sua manutenção durante o curso.

 

Foram selecionados: Nelson Dju, Banjanqui Nhaga, Benedita Alberto Nhaga, Maria Alzira Soares da Rocha, Viriato João Lopes Nhaca, Irina Lenira Rodrigues, Walmor Jonatas Leckssy Silva Gomes - todos de Guiné-Bissau - e Jacira Isabel Freitas Gomes, de Cabo Verde.

 

Promisaes

 

O Projeto Milton Santos de Acesso ao Ensino Superior (Promisaes) tem por objetivo fomentar a cooperação técnico-científica e cultural entre os países com os quais o Brasil mantém acordos – em especial os africanos -  nas áreas de educação e cultura,  consolidando uma política de intercâmbio que promova maior integração entre o Brasil e os países em desenvolvimento.

 

Para concorrer ao Promisaes, o estudante, além de estar matriculado em Instituição Federal de Ensino Superior, deve ter bom desempenho acadêmico, de acordo com as exigências da universidade em que estuda.

 

Milton Santos

 

Milton Santos nasceu em Brotas de Macaúbas, no interior da Bahia, em 1926. Os pais, professores primários, o  alfabetizaram em casa. Aos 8 anos, já havia concluído o equivalente ao curso primário. Neto de escravos por parte de pai,  foi incentivado a estudar sempre e muito.

 

Em Salvador, custeava suas aulas no colégio lecionando Geografia na própria escola aos alunos do que seria atualmente o ensino médio. Depois, incentivado por um tio advogado, cursou Direito. Diplomado, não chegou a exercer a profissão; prestou concurso público para professor secundário e foi lecionar Geografia em Ilhéus. Iniciou, então, carreira repleta de desafios, não raro impostos pela sua condição de negro. Rodou o mundo, estudando e lecionando, numa trajetória impressionante. Aprendeu e ensinou na Europa, Américas e África.

 

Milton Santos escreveu mais de quarenta livros em diversas línguas, sua obra é uma referência para todos aqueles que  pretendem compreender de maneira crítica o mundo atual.


Data: 05/07/2007