Brasil já forma dez mil doutores por ano Os avanços da pós-graduação e o aumento da produção científica brasileira foram abordados pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães, na 59ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), nesta segunda-feira, 9, em Belém (PA). O Brasil forma hoje cerca de dez mil doutores por ano e a expectativa é de que esse número chegue a 16 mil em 2011. Os cursos de pós-graduação oferecidos em diferentes áreas do conhecimento somam 3.632, sendo 2.393 de mestrado e 1.239 de doutorado, com o ingresso de 50 mil alunos por ano. O número de cursos novos cresce, em média, 7% ao ano. Com a retomada em 2004 do Plano Nacional de Pós-Graduação, a Capes fez um diagnóstico da situação da área. Um dos problemas verificados é a assimetria regional. A maior parte dos cursos está nas regiões Sudeste e Sul: são 72% dos mestrados e 80% dos doutorados, enquanto na região Norte os percentuais chegam a 4% de mestrados e 2% de doutorados. De acordo com o presidente da Capes, já foram tomadas algumas iniciativas para mudar essa situação, como a indução da formação de consórcios entre instituições de regiões diferentes. Avanços A pós-graduação brasileira avança também para o exterior. “A Capes está induzindo a realização de cursos de mestrado e doutorado em outros países, como África, Argentina, Estados Unidos e França, oferecidos por instituições brasileiras sozinhas ou em parceria com instituições estrangeiras”, explica Jorge Guimarães. “Já temos um mestrado em saúde pública em Angola, oferecido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e três mestrados nas áreas das engenharias A 59ª SBPC prossegue até sexta-feira, 13, com exposições, conferências, simpósios, minicursos, mesas-redondas e encontros abertos. São esperados cerca de 15 mil participantes, entre estudantes, pesquisadores, professores e cientistas. (Fátima Schenini – MEC) Data: 10/07/2007 |