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Universidades buscam soluções para o desenvolvimento da Paraíba

“É dever das instituições retribuir à sociedade aquilo que é investido nelas”, defendem os reitores

 

Ressaltando que a razão principal do projeto Caminhos para o Desenvolvimento da Paraíba é delinear ações a serem apresentadas aos governos estadual e federal, capazes de alavancar o desenvolvimento do estado, “fazendo com que a Paraíba retome seu lugar de destaque na região”, o reitor da UFCG, Thompson Mariz, defendeu a idéia de que só com a participação da universidade é possível construir um projeto isento, acima das particularidades político-eleitorais, “cujas inconstâncias sempre comprometeram a continuidade de ações governamentais, inviabilizando, muitas vezes, seus resultados”.

 

Para o reitor da UFPB, Rômulo Polari, a Paraíba atravessa uma fase de involução produtiva no contexto regional. “Na década de 70, éramos o quarto maior PIB do Nordeste. Nossa economia era duas vezes maior que a de Sergipe, e uma vez e meia a do Rio Grande do Norte. Hoje, somos o sexto PIB da região, caminhando para a sétima colocação. Não podemos ficar de braços cruzados vendo a situação como está”. Ele foi enfático, entretanto, ao afirmar que “não estamos procurando culpados. Nem faz sentido. Até porque isso é resultado de um processo histórico. Faz sentido buscamos soluções para sairmos dessa situação”.

 

O projeto Caminhos para o Desenvolvimento da Paraíba foi apresentado na manhã desta sexta, 10, em entrevista coletiva, no auditório da Reitoria da UFCG, em Campina Grande, pelos reitores da UFCG, Thompson Mariz, e da UFPB, Rômulo Polari; pelo vice-reitor da UEPB, Aldo Maciel, e pelo professor da UFPB, Luiz Renato de Araújo, coordenador do projeto.

 

Ele é fundamentado na percepção de que é dever das instituições públicas de ensino superior retribuir à sociedade aquilo que é investido nelas. “Não podemos ser ilhas de excelência cercadas de miséria”, afirmou Polari, citando que, ao contrário da situação vivenciada pela economia do estado, as universidades públicas paraibanas vêm crescendo tanto quantitativamente como qualitativamente. “Houve um avanço significativo na produção científica e na oferta de cursos de graduação e pós-graduação”.

 

Esse pensamento foi compartilhado pelo reitor Thompson Mariz, que apontou o potencial acadêmico do estado. “A Paraíba é superdotada nas áreas de ciência e tecnologia, onde dispomos de um quadro de destaque nacional, e é nessa fonte de conhecimento que devemos matar nossa sede”. Para ele, é desse patrimônio intelectual – em grande parte não aproveitado para o desenvolvimento local – que podem verter as soluções necessárias para impulsionar a retomada do progresso.

 

O projeto consiste na realização de oficinas para discutir políticas capazes de alavancar o desenvolvimento do estado. Após a realização destas oficinas será realizado um seminário, onde as colaborações serão discutidas e condensadas numa coleção intitulada A Paraíba e Seus Verdadeiros Problemas. Neste documento, seriam identificadas as ações e diretrizes a serem apresentadas aos governos estadual e federal, bem como definidas linhas de pesquisas, no âmbito das três universidades, voltadas para os problemas detectados durante o seminário.

 

Já foram realizadas oficinas nas cidades de Patos, Sousa, Monteiro e Guarabira. A próxima será realizada em Campina Grande, desta segunda, 13, à quarta-feira, 15, no Centro de Extensão da UFCG. O seminário ainda não tem data nem local definidos.

 

Além das três universidades públicas, são parceiras do projeto o Sebrae, Fiep, Ciep, Fecomércio, PBGás, BNB, Banco Real, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, Penud/ONU, Governo do Estado da Paraíba, Prefeituras Municipais de João Pessoa, Campina Grande, Monteiro, Guarabira, Sousa e Patos, Cefet-PB, Adene e Fundação José Américo.

 

(Marinilson Braga e Kennyo Alex – Ascom/UFCG)


Data: 10/08/2007