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MEC quer estimular jovens talentos para a ciência

Ao receber os premiados do Concurso Cientistas do Amanhã e os representantes brasileiros na 38ª Olimpíada Internacional de Física, nesta quinta-feira, 23, em Brasília, o ministro Fernando Haddad pediu aos jovens cientistas que auxiliem o Ministério da Educação a descobrir  talentos nas escolas. “Vocês podem ajudar o MEC com a mesma criatividade e dedicação que usaram em seus projetos e estudos. Queremos descobrir maneiras mais adequadas para chegar ao jovem e descobrir talentos”, disse. Segundo o ministro, será mais fácil atrair a juventude para a área científica se o Brasil tiver mais cientistas reconhecidos nacional e internacionalmente.

 

Para o estudante Thomas Ferreira de Lima, ganhador da medalha de bronze na Olimpíada Internacional de Física, realizada no Irã, em julho, a dedicação e a força de vontade do aluno são fundamentais. “O aluno tem de ir atrás porque o Brasil está em um nível inferior em relação a outros países. Mas temos muitos talentos também”, salientou.

 

Aos 17 anos, Thomas foi o único aluno de escola pública a representar o Brasil na olimpíada. Ele cursa o terceiro ano do ensino médio na Escola de Aplicação de Recife, ligada à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). “Agora, vou continuar estudando para entrar no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e cursar engenharia da computação”, previu.

 

Participaram da olimpíada de física 329 estudantes de 69 países. Pela  terceira vez, um aluno brasileiro consegue premiação semelhante. A primeira, na Indonésia, em 2002; a segunda, na Espanha, em 2005.

 

Na avaliação do presidente da comissão da Olimpíada Brasileira de Física, José David Viana, a integração da universidade com escolas de ensino médio é importante para o ensino científico. “Nos laboratórios das universidades, os alunos podem ver como funciona a disciplina na prática e se encantar com os experimentos”, enfatizou.


Cientista do Amanhã

 

Uma das vencedoras do Concurso Cientistas do Amanhã (edições 2005, 2006 e 2007), Nathany Almeida Miguel, destacou o encontro com o ministro como uma forma de estimular jovens cientistas. Aluna do segundo ano do ensino médio na Fundação Bradesco, Jardim Conceição, em Osasco (São Paulo), ela concorreu ao prêmio a partir de um trabalho pedido pela professora de história. “Quando estudávamos sobre a ditadura militar, pesquisamos sobre a greve do operários de Osasco, em 1968. Fomos a campo e chegamos a entrevistar pessoas que participaram da greve”, relata.

 

(Flavia Nery – MEC)


Data: 23/08/2007