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Seminário Brasil-Líbano debate desafios na educação

Os desafios da educação no Brasil são ambiciosos, mas não tão diferentes como os de um país como o Líbano. Na tarde desta segunda-feira, 27, primeiro dia do Seminário Acadêmico Brasil-Líbano, professores libaneses e o secretário de Educação Superior do MEC, Ronaldo Mota, falaram sobre as diferenças, semelhanças e esperanças de educadores e governantes dos dois países.

 

Os professores libaneses Karam Rizk, da Université Saint Espirit de Kaslik, e Munir Bashshur, da American University of Beyrouth, traçaram um panorama da educação superior no Líbano desde a criação da primeira universidade até o período após a guerra civil libanesa (1975-1990).

 

Bashshur falou sobre as diferenças entre o sistema público e o privado e até entre o próprio sistema público. “Após a guerra, a Universidade Libanesa, a mais antiga, se dividiu em 48 unidades. A fragmentação não seria problema se elas conversassem entre si.” Segundo o professor, o que se tem hoje são unidades quase independentes, dividas por áreas do conhecimento, que não trocam experiências. “O crescimento das universidades privadas aumentou a disparidade. O grande desafio do Líbano é homogeneizar o sistema de educação superior.”

 

Metas

 

O secretário Ronaldo Mota citou os desafios e as metas para Brasil crescer, como o aumento do acesso à educação superior, a qualidade da educação, a inclusão social pela educação e a atenção à territorialidade. Lembrou, também, “que todas essas metas devem caminhar juntas, para refletir positivamente numa educação superior para todos com qualidade”.

 

Mota apresentou ainda as soluções em andamento no país, como o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o projeto de expansão da educação superior, que está interiorizando as universidades federais. Segundo ele, é preciso associar a avaliação à regulação. “É preciso aplicar sanções às universidades de baixa qualidade”, disse.

 

Nível

 

Os professores libaneses elogiaram o pensamento do governo brasileiro de não esquecer um nível de ensino em detrimento de outro. O professor Karam Rizk concorda que se deve atenção a todos os níveis ao mesmo tempo. “Se você não investe na educação básica vai sentir os reflexos na educação superior”.

 

O secretário Mota reforçou o compromisso do governo na melhoria da qualidade da educação básica, levando em conta a educação superior. “A Universidade Aberta do Brasil (UAB) é uma maneira de expressar esse compromisso. São mil pólos pelo Brasil voltados para a formação inicial e continuada dos professores da educação básica.” As aulas a distância encurtam as diferenças e ampliam as possibilidades de 800 mil professores que necessitam da formação básica superior, direcionada à sua área de atuação.

 

(Manoela Frade – MEC)


Data: 28/08/2007