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Reforma ortográfica deve ser adiada, diz ministro da Educação

As alterações foram discutidas entre os oito países que usam a língua portuguesa - uma população estimada em 230 milhões- e têm como objetivo aproximar as culturas

A reforma ortográfica que estava prevista para entrar em vigor em janeiro de 2008 possivelmente será adiada, afirmou o ministro de Educação, Fernando Haddad, ontem durante entrega de medalhas a personalidades da indústria escolhidas pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro).

"O Itamaraty está fazendo um acompanhamento do país depositário dos acordos, que é Portugal. É evidente que o nosso interesse neste momento é manter relações com Portugal no sentido de andarmos juntos. Provavelmente a reforma não sairá em janeiro, a menos que o chanceler Celso Amorim tenha informações que eu ainda não disponho", disse Haddad.

"A idéia é conversar com Portugal até o final do ano para estabelecer a data", completou o ministro da Educação.

O Brasil se prepara para a mudança que, além de acabar com o trema, modifica o uso dos acentos agudo e circunflexo, extinguindo o sinal em palavras como vôo, lêem, heróico e outros.

A nova norma ortográfica também altera as regras do hífen e incorpora ao alfabeto as letras k, w e y, somando, no total, 26 letras.

As alterações foram discutidas entre os oito países que usam a língua portuguesa -uma população estimada em 230 milhões- e têm como objetivo aproximar as culturas. O Ministério da Educação prepara a próxima licitação dos livros didáticos, que deve ocorrer em dezembro deste ano, pedindo a mudança na ortografia.

Segundo especialistas é necessário um período de dois anos para a sociedade se acostumar as mudanças.

(Folha de SP, 5/9)


Data: 05/09/2007