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Audiência da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados discute residência em Veterinária

A Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados promoveu na semana passada, audiência pública para discutir a oferta de vagas e as condições técnicas para residência médico-veterinária. O encontro buscou formular uma pauta de reivindicações a ser encaminhada ao Ministério da Educação.

 

Estiveram presentes os deputados federais Waldir Maranhão (PP - MA), Alice Portugal (PcdoB - BA) e Gilmar Machado (PT - MG), o presidente da Andifes, reitor Arquimedes Diógenes Ciloni (UFU), o coordenador  do Fórum de Dirigentes dos Hospitais Veterinários (Fordhov), Marco Antonio Ribeiro de Faria, o presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Benedito Fortes de Arruda, e o diretor do Departamento de Residência e Projetos Especiais da Saúde, José Wellington Alves dos Santos (Derem/MEC).

 

O presidente do Fordhov afirmou que a residência médica existente no Brasil caracteriza-se por um programa de intervenção destinado aos médicos veterinários, compreendendo duas fases distintas. Mesmo assim, o Ministério da Educação não reconhece a existência desta modalidade de ensino. “O não reconhecimento faz com que não exista repasse de recursos para que Instituições de Ensino Superior consigam manter essas atividades”, ressaltou.

 

Para o professor Arquimedes Ciloni, a rubrica específica para os hospitais veterinário é a principal reivindicação das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Ele também ressaltou a importância de se criar um Programa Nacional em Medicina Veterinária, oferecendo condições para que os hospitais garantam a continuidade de suas atividades.

 

Benedito Fortes de Arruda fez um histórico dos cursos de medicina veterinária no Brasil. Segundo ele, o crescimento desenfreado destas faculdades tornou-se mercantil a partir de 1990, quando surgiram 57 novas escolas de veterinária no País. “Esse crescimento faz com que fiquemos preocupados com a qualificação dos profissionais que estão chegando no mercado de trabalho”, afirmou.

 

O deputado Waldir Maranhão afirmou ser fundamental perceber a importância da medicina veterinária e de sua residência médica. “A profissão completará 40 anos e tenho certeza de que podemos provocar o eco para essa iniciativa, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população”, disse.

 

Para a deputada Alice Portugal, os hospitais veterinários padecem dos mesmos problemas dos hospitais universitários, mas com mais intensidade pela falta de recursos e de pessoal. “É preciso valorizar essa profissão. Os hospitais veterinários precisam ser equipados e qualificados. É necessário pensar na inclusão de profissionais concursados e de carreira nesses hospitais para que eles não sejam carregados nas costas pelos residentes”, afirmou.

 

O deputado Gilmar Machado ressaltou a importância do debate para garantir a fonte de financiamento para os hospitais universitários. Segundo ele, se a questão não constar da discussão do Plano Plurianual (PPA), não haverá a execução destes recursos.

 

O diretor José Wellington se colocou à disposição para levar as demandas ao Ministério da Educação. Ele ressaltou a importância da integração do MEC, do MAPA e do Ministério da Saúde para desenvolver a residência médica veterinária.

 

(Lilian Saldanha - Assessoria de Comunicação da Andifes)


Data: 10/09/2007