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Anvisa aprova novo antiaids

O diretor médico do laboratório Pfizer deve sugerir ao Ministério da Saúde a inclusão da nova droga no coquetel antiaids. Comercialização de medicamento para Alzheimer está liberada na Europa

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou ontem um novo medicamento anti-retroviral indicado para pacientes com resistência ao coquetel antiaids, distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde.

 

O Celsentri, nome comercial do maraviroc, do laboratório Pfizer, inaugura uma nova classe de drogas usadas no combate ao HIV por impedir a entrada do vírus nas células ao se ligar a uma proteína de sua superfície, o co-receptor CCR5.

 

Entre 40% e 60% dos pacientes desenvolvem algum tipo de resistência aos medicamentos do coquetel. “O principal motivo é a não adesão ao tratamento”, explica o infectologista Arthur Timerman, do Hospital Albert Einstein.

 

Timerman confirma a importância de novas drogas para impedir a replicação do HIV, no entanto, ressalta a influência da obediência do paciente. “Um tratamento seguido à risca pode fazer com que o paciente utilize os mesmos medicamentos por 10 ou 20 anos.”

De acordo com João Fittipaldi, diretor médico da Pfizer, o laboratório deve sugerir ao Ministério da Saúde a inclusão da droga no coquetel antiaids. Antes, no entanto, o maraviroc deve passar pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), responsável por determinar seu preço.

 

Alzheimer

 

Um emplastro para o tratamento de Alzheimer, doença degenerativa que afeta 18 milhões de pessoas no mundo, foi homologado ontem pela Comissão Européia.

 

O novo medicamento, chamado Exelon Patch, reduz “os efeitos secundários e permite que os princípios ativos sejam transferidos pela pele para a corrente sanguínea durante 24 horas”, segundo o comunicado do laboratório Novartis.

 

Em julho, o medicamento já havia recebido esse tipo de aval nos Estados Unidos, o primeiro no mundo. Naquele país, o uso do Exelon Patch também foi autorizado para o tratamento de alguns sintomas de pacientes com mal de Parkinson.

 

O Exelon também é vendido na forma de comprimido desde 1997, em 70 países, entre eles o Brasil.

 

O mal de Alzheimer afeta uma em cada dez pessoas com mais de 65 anos. A doença é a terceira causa de mortes no mundo, atrás apenas das mortes provocadas por doenças cardiovasculares e câncer.

 

(O Estado de SP, 25/9)


Data: 25/09/2007