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Academias do Brasil e de Lisboa querem reforma ortográfica já

Quando entrar em vigor, acabará o trema, serão reincorporadas ao alfabeto as letras k, w e y, e mudarão regras de uso do hífen e dos acentos agudo e circunflexo

A Academia Brasileira de Letras e a Academia das Ciências de Lisboa encerraram ontem sua reunião de dois dias, no Rio, com um objetivo comum: pressionar seus países para que realizem o quanto antes o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que pretende unificar as grafias das palavras em toda a comunidade lusófona.

Já assinado por Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, o acordo vem encontrando resistências em Portugal, em especial de editores de livros. Eles, segundo o vice-presidente da Academia de Lisboa, Antonio Braz Teixeira, "estão, de novo, exercendo pressão sobre o governo português no sentido de adiar, indefinidamente, a data de início de sua [do acordo] aplicação efetiva".

Teixeira propôs que a ABL se una à sua instituição numa campanha pela implantação da reforma em 2008. "Os acadêmicos portugueses se declararam absolutamente favoráveis à implantação já do acordo", disse o presidente da ABL, Marcos Vilaça. O projeto da reforma prevê a implantação gradativa a partir de 2008, mas, para isso, é preciso que Portugal, Guiné-Bissau, Moçambique, Angola e Timor Leste ratifiquem o acordo.

Quando ele entrar em vigor, acabará o trema, serão reincorporadas ao alfabeto as letras k, w e y, e mudarão regras de uso do hífen e dos acentos agudo e circunflexo.

(Folha de SP, 31/10)


Data: 31/10/2007