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Oficina Regional de Desenvolvimento Territorial é aberta na UFCG

Secretário de Desenvolvimento Territorial, Humberto de Oliveira, fez a conferência de abertura

 

Ressaltando a inovação e a metodologia do Curso de Especialização em Desenvolvimento Rural Sustentável (Cedrus) da UFCG, “uma experiência pioneira que será utilizada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para diálogos com outras universidades”, o secretário de Desenvolvimento Territorial, Humberto de Oliveira, fez conferência na noite dessa terça-feira, 20, no Centro de Extensão José Farias da Nóbrega, no campus Campina Grande.

 

O evento deu início a Oficina Regional de Desenvolvimento Territorial e de Educação do Campo, onde estão sendo apresentadas e defendidas as monografias de encerramento do curso, até a próxima sexta-feira, 23.

 

Representando a Reitoria, o pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa, Michel Fossy, ressaltou o empenho dos coordenadores do Cedrus e os parabenizou, juntamente com os alunos, pelo desafio vencido. “Esperamos que os 34 trabalhos desenvolvidos repercutam na forma desejada”, disse.

 

Márcio Caniello, um dos coordenadores do curso e secretário de Projetos Estratégicos da UFCG, falou da importância de capacitar os autores sociais e dos aspectos que configuraram uma tradição de interação da universidade com os movimentos sociais, que se revelou de forma mais concreta com a criação da Universidade Camponesa em 2003, que gerou o Cedrus. “Certificando a UFCG como universidade cidadã, mais do que nunca”, frisou.

 

Na sua conferência, o secretário Humberto Oliveira registrou os agradecimentos do MDA à UFCG e aos estudantes pela contribuição aos movimentos territoriais. E destacou que o governo federal vem desenvolvendo uma política pública que traz uma identidade regional. “Uma política pública que é pública, bem mais do que de governo”.

 

Falou ainda sobre a necessidade de uma releitura sobre a ruralidade e a importância da academia aprofundar essa discussão. Do enfrentamento das desigualdades sociais, com relações entre várias escalas, potencializando as diversidades e quebrando tabus. “Fiquei feliz ao ouvir do professor Caniello ‘somos um estado rural’ sem se tratar de um atraso ou contrariedade”.

 

Evidenciou a necessidade de aprender a ouvir o povo, evitando contradições sobre o que se financia e o que se procura. Elencou os resultados conquistados pela secretaria como o fortalecimento das redes de cooperação e de gestão social, dinamização econômica dos territórios e a integralização de políticas públicas. Atualmente o Programa Desenvolvimento Sustentável, desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Territorial tem 160 territórios assistidos, e a meta é chegar em 2010 aos 280.

 

E, finalizando, anunciou que no próximo ano o governo federal estará lançando o Programa Territórios de Cidadania, que envolverá dez ministérios, com uma matriz de metas e valores a ser aplicados. Inicialmente com 60 territórios, sendo ampliado esse número anualmente com previsão para 2010 de 120 beneficiários. “Sendo selecionados, primeiramente, pelo critério de maior concentração de pobreza”.

 

Cedrus

 

Os alunos estão apresentando e defendendo suas monografias, resultantes das pesquisas que realizaram em seus territórios, na Sala 100 do Bloco AB e no Auditório da Biblioteca Central da UFCG. São 34 agentes territoriais, de 36 territórios rurais criados e reconhecidos pela Secretaria de Desenvolvimento Territorial, espalhados pelos nove estados da Região Nordeste. 

 

Durante o processo de formação, os lugares denominados de territórios, foram percorridos pelos sujeitos individuais e coletivos participantes da experiência (atores territoriais, professores, alunos e tutores), onde mantiveram diálogos mútuos, complementando assim, as discussões levadas a efeito nas atividades presenciais realizadas na UFCG.

 

O Cedrus teve a participação de professores/orientadores oriundos de várias instituições federais, e começou em janeiro de 2006.

 

(Marinilson Braga - Ascom/UFCG)


Data: 21/11/2007