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CNPq discute melhorias para iniciação científica no Brasil

“O programa de Iniciação Científica que temos hoje é de causar inveja a muitos pesquisadores estrangeiros que demoram a acreditar no sucesso que alcançamos”, disse o presidente do CNPq, Marco Antonio Zago, ao abrir a reunião da Comissão Nacional de Avaliação da Iniciação Científica (Conaic), na terça-feira (27/11), em Brasília

Os
dados atuais sobre educação mostram que hoje o Brasil possui em torno de 800 mil estudantes de graduação. Com o programa de Iniciação Científica, o CNPq concede cerca de 28 mil bolsas a estudantes de graduação e ensino médio, e envolve outros 30 mil estudantes como voluntários na iniciação à pesquisa científica.

“A Iniciação Científica faz parte do processo de educação da universidade. O programa é a abertura para o futuro cientista, que poderá ser um instrumento importante para solucionarmos grandes questões científicas, como o déficit de pesquisadores na pós-graduação em algumas áreas em universidades brasileiras, como é o caso dos cursos de engenharias, onde o estudante se forma e parte para o mercado de trabalho. Mas com este programa nós estamos investindo na cultura da pesquisa e atraindo os estudantes, durante a graduação, para conseguirmos mudar o quadro atual da pesquisa”, disse o presidente do CNPq.

O Programa de Iniciação Científica do CNPq é formado pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), que concede cotas de bolsas para as universidades brasileiras concederem aos alunos da graduação; o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti), que estimula o estudante do ensino técnico e superior ao desenvolvimento e a transferência de novas tecnologias e inovação, por meio de cotas de bolsas para as instituições; o Programa de Iniciação Científica Júnior (IC-Jr), que visa despertar a vocação científica dos estudantes de ensino fundamental e médio e de educação profissional da Rede Pública, incentivando os talentos potenciais à participação em atividades de pesquisa ou extensão científica ou tecnológica, com a orientação de um pesquisador qualificado.

Além das concessões de cotas de bolsas por meio dos programas, o CNPq também lança, anualmente, um edital para a conceder cotas de bolsas de iniciação científica diretamente a pesquisadores que apresentem suas propostas de pesquisa científica e tecnológica.

Há ainda as bolsas concedidas como premiações, como exemplo do prêmio Construindo a Igualdade de Gêneros, e por meio de convênios com outras instituições, ou por programas de Olimpíadas.

Juntas, todas estas ações que incentivam a iniciação científica de estudantes dos ensinos fundamental, médio, profissionalizante e graduação, representam um investimento do CNPq de R$90 milhões, além dos recursos repassados por outras instituições, Fundos Setoriais e parcerias com as Fundações de Amparo à Pesquisa de cada estado. “O CNPq considera este programa muito especial, e pretendemos ampliá-lo e aperfeiçoá-lo”, concluiu o presidente Marco Antonio Zago.

Para a vice-presidente do CNPq, Wrana Panizzi - uma das difusoras da iniciação científica pelo país - os grandes resultados alcançados pelos programas de IC são a importante capacitação de recursos humanos para a pesquisa, incentivando a pesquisa científica nos jovens que estão começando a carreira acadêmica, além de estabelecer redes de pesquisa entre instituições de todo país, parcerias profundas com as Fundações de Amparo à pesquisa dos estados e incentivando as instituições de ensino a também aportarem recursos para investir na iniciação científica de seus jovens pesquisadores.

“Concordo que a iniciação científica é a ‘jóia' do CNPq e que se encontra como um dos cinco programas mais importantes da agência”, complementa.

Conaic

A 4ª reunião da Conaic, constituída em 2004 para aperfeiçoar as políticas relativas aos programas de iniciação científica, reuniu uma série de subsídios, discutidos em profundidade pelos seus membros, para aperfeiçoamento e melhorias dos programas de iniciação científica do CNPq. Estas considerações serão encaminhadas ao presidente da agência.

A Comissão é presidida pelo professor Isaac Roitman, do Ministério da Ciência e Tecnologia, e possui como membros os professores Jacques Velloso (UnB), Rosa Ester Rossini (USP), Marcos Palatnik (UFRJ), José Arana Varela (UNESP), Raul Machado Neto (USP), Carlos Roberto Jamil Cury (PUC-MG), Rejane Maria Lira da Silva (UFBA), Marilene Correa da Silva Freitas (UEA), João Batista Calixto (UFSC).


(Assessoria de Comunicação Social do CNPq)


Data: 30/11/2007