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Lynaldo: “homenagem da UFCG reconhece esforço pelo ensino superior da Paraíba”

Em entrevista à Assessoria de Comunicação da UFCG, concedida no início desta semana, o professor Lynaldo Cavalcanti disse que o título de Doutor Honoris Causa da UFCG se traduz num reconhecimento ao seu esforço de tantos anos pelo ensino superior da Paraíba. “Dos meus mais de dez títulos de Doutor Honoris Causa, esse certamente será o último. E, portanto, maior a sua importância”, disse, emocionado.

 

Ele também teceu comentários sobre a criação da UFCG, suas expectativas e lembrou que, em entrevista à imprensa paraibana, ao concluir seu reitorado na UFPB, no dia 13 de fevereiro de 1980, anunciara que “a Universidade Federal de Campina Grande estava pronta. Pela sua dimensão; número de cursos e de professores; pelos seus programas de graduação e pós-graduação”.

 

Para ele, sob o comando do reitor Thompson Mariz, a UFCG tem sido fiel à sua história e trajetória ao retomar o processo interiorização “interrompido por mais de 20 anos”. “Cuité e Pombal são realidades deste projeto de expansão. É de se esperar a busca da excelência e o recrutamento de recursos humanos” para se destacar ainda mais.

 

A sessão solene de outorga do título de Doutor Honoris Causa ao professor Lynaldo Cavalcanti aconteceu no Centro de Convenções Raymundo Asfóra, no Garden Hotel.

 

Veja a entrevista:

 

Como o senhor traduz essa homenagem que a UFCG lhe concederá?

 

Eu recebo essa homenagem com muita honra, com um sentimento de que o meu esforço de tantos anos pelo ensino superior da Paraíba se traduz em algum reconhecimento; e, como a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) resultou de um desmembramento da Federal da Paraíba, gratifica- me, mais ainda,  ter recebido - há uns dez anos atrás - um título também de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Paraíba, quando ainda era uma só. Agora, após a separação,  os órgãos superiores da UFCG também me concederam uma homenagem que, provavelmente, será a última da minha vida. Dos meus mais de dez títulos de Doutor Honoris Causa, esse certamente será o último. E, portanto, maior a sua importância.

 

Numa leitura breve da criação UFCG, quais eram suas expectativas e como o senhor avalia a instituição hoje no cenário local, regional e nacional?

 

Eu tive vários cargos na Universidade Federal da Paraíba. Tudo o que eu fiz, especialmente como reitor - durante o período de 1976 a 1980 - e depois como presidente do CNPq - por cinco anos, de 1980 a1985 - e mesmo antes, como secretário adjunto do ensino superior, as ações que eu influi em relação ao crescimento do campus de Campina Grande e à interiorização para o Semi-Árido, que não existiam, foram sempre com a expectativa de que um dia haveria uma separação das universidades - com a criação da UFCG. Recordo-me, inclusive, que, ao deixar a reitoria no dia 13 de fevereiro de 1980, eu dei uma entrevista ao jornal O Norte em que eu dizia que a Universidade Federal de Campina Grande estava pronta. Pela sua dimensão; pelo número de cursos e de professores; pelos seus programas de graduação e pós-graduação. Pelo núcleo de pesquisa, ela já estava pronta para se transformar numa universidade independente. E os novos campi do Semi-árido - em Patos, Sousa e Cajazeiras - eu ainda via como um estágio de implantação; mesmo porque, o de Patos só foi criado em meados de 1979, quando faltavam apenas seis meses para minha saída da reitoria.

 

Que outras direções o senhor apontaria para a consolidação da UFCG como uma das mais importantes IFES da região Nordeste e do País?

 

A universidade tem sido fiel à sua história, à sua trajetória e retomou o processo interiorização para o Semi-árido - o que eu iniciei, entre 1976 e 1980, foi bruscamente interrompido por mais de 20 anos – desde sua criação em 2002. Sob a liderança do reitor Thompson Mariz, não só fortalece os campi já existentes, mas busca - com o apoio do Ministério da Educação, por meio dos programas atuais do governo federal - criar outros campi. Cuité e Pombal são realidades deste projeto de expansão. E as expectativas se voltam promissoramente para Itaporanga, Itabaiana, Monteiro e Sumé. Também, é de se esperar que a UFCG mantenha, por meio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, a busca da excelência e o recrutamento de cada vez mais recursos humanos para ter uma posição, em termos qualitativos tão importante quanto outras universidades no Nordeste.  A própria UFPB, nesses aspectos, na dimensão, continua na frente. Eu aponto claramente as mesmas direções que imprimi - quando reitor da UFPB e quando ajudei a implantar a universidade federal do Tocantins - que são as da regionalização, interiorização, diversificação e transdisciplinaridade.

 

Saiba mais sobre o homenageado.

 

(Marinilson Braga – Ascom/UFCG – 12.12.07)


Data: 12/12/2007