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MEC anuncia R$ 1,5 bilhão para gastos extras em 2008

Medidas beneficiam de crianças em creche a doutores

O Ministério da Educação (MEC) anunciou ontem um investimento adicional de R$ 1,5 bilhão no PAC da Educação, em 2008, com medidas que beneficiam desde crianças em creches até doutores.

O dinheiro financiará a oferta de merenda e transporte nas escolas de ensino médio, a expansão do ensino técnico, a compra de computadores, o auxílio para a moradia e a alimentação de universitários, além de bolsas de R$ 350 por mês para 20 mil futuros professores que dêem aulas de reforço na rede pública.

As ações complementam o PAC da Educação lançado em abril pelo presidente Lula. Parte delas já tinha sido anunciada e depende da aprovação de projeto de lei enviado ao Congresso.

É o caso da oferta de merenda no ensino médio, que tem 8,2 milhões de estudantes na rede pública. Hoje, o governo só repassa recursos para creches, pré-escolas e turmas de ensino fundamental. O mesmo vale para o transporte escolar, que poderá ser estendido ao ensino médio e infantil rural, beneficiando 1,14 milhão de alunos.

Outra iniciativa que pode ser ampliada no Congresso é o Programa Dinheiro Direto na Escola, que repassa valores para pequenas compras e reformas, mas não beneficia o ensino médio.

As ações, se aprovadas, custarão R$ 623 milhões em 2008.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que é preciso melhorar todos os níveis de ensino, e não focar ações, como fez o governo Fernando Henrique, que priorizou o ensino fundamental. Segundo Haddad, os professores da educação básica são formados nas universidades, o que mostra a interligação do sistema:

— Se nós queremos galgar posições na educação básica, temos que ter uma melhor formação de professores.

Lula participou do evento, no Palácio do Planalto, mas não discursou.

Universitários terão bolsa para dar aulas de reforço O MEC vai dar 20 mil bolsas de R$ 350 por mês a universitários de cursos de formação de professor e licenciatura de matemática, química, física e biologia.

Dez mil bolsas devem durar um ano e o restante, um semestre.

Os bolsistas darão aulas de reforço em escolas públicas.

Mestrandos e doutorandos, que já têm bolsas da Capes e do CNPq, serão selecionados para trabalhar na Universidade Aberta do Brasil, que oferece cursos de graduação à distância. Eles receberão de R$ 600 a R$ 900 ao mês. Até 1.500 doutores em início de carreira que se engajarem em projetos de pesquisa com empresas de tecnologia receberão bolsas de R$ 3,3 mil e R$ 12 mil para compra de material.

A Caixa Econômica Federal deverá contratar, como estagiários, 3 mil estudantes atendidos pelo programa Universidade para Todos (ProUni), que atende alunos de baixa renda.


(O Globo, 13/12)


Data: 13/12/2007