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Reitor faz análise das ações da UFCG em 2007

Segundo Thompson Mariz, a universidade cresceu em todas as dimensões

 

Créditos, destaques, premiações, reconhecimento nacional e internacional por suas produções, projetos e pesquisas; valorização do seu patrimônio intelectual e outros dados podem ser elencados rapidamente numa análise do que representa o ano de 2007 na história da UFCG. “Mais ainda, o seu papel como instrumento de inclusão e de promoção sócio-econômico e cultural, tomou dimensões bem maiores”, comentou o reitor Thompson Mariz.

 

Para ele, o comprometimento com as causas do meio em que está inserida foi determinante na criação da UFCG. “Uma universidade cada vez mais próxima e participativa nas questões que a circunda” observou o reitor, ao lembrar que o projeto de expansão, em desenvolvimento na instituição, representa “apenas uma parte dessa realidade”.

 

“Claro que o Plano de Expansão, ao criar campi, cursos e vagas, traz inclusão e desenvolvimento ao estado e à região, gera esperanças e cria novos caminhos para a sustentabilidade, mas não deve ser o único gráfico a ser observado neste quadro que delineia as ações da universidade próximas à comunidade”, explicou o reitor. “Outras iniciativas precisam ser notadas e reconhecidas como tais”.

 

“Oferecemos gratuitamente quase duas mil refeições/dia nos nossos restaurantes e mantemos 14 residências, beneficiando 390 residentes. Nossos cursinhos pré-universitários preparam anualmente cerca de 600 jovens oriundos de escolas públicas, e os nossos projetos de extensão se envolvem diretamente com problemáticas da região”, listou, esquecendo de somar que nos campi Cuité e Pombal, recém-criados, sem residências universitárias, há um programa de bolsas de manutenção para 120 alunos.

 

Além da política de inclusão, essas iniciativas – para garantir o mínimo de condições de permanência do estudante na universidade – são linhas ascendentes nos indicativos das ações da UFCG. “Estamos aumentando gradativamente o número de bolsas, recuperando e modernizando os restaurantes, projetando construções de residências no interior dos campi; ao mesmo tempo em que equipamos nossos laboratórios e investimos no desenvolvimento de novas tecnologias”, ressaltou.

 

Outros ângulos

 

Segundo Thompson, suas reflexões amparam uma análise mais ampla dos diversos posicionamentos da comunidade acadêmica nas discussões em torno do papel da universidade nas políticas de promoção social. “Olhos críticos se voltam demasiado para o crescimento territorial, e não se debruçam sobre o progresso e a modernização das nossas estruturas primeiras, que seguem os mesmos passos”, observou.

 

Construção de centrais de aula, laboratórios e outros espaços estruturantes, como o Arquivo Central, em Campina Grande; compra de equipamentos laboratoriais e de informática; renovação da frota de veículos e outras aparelhagens nos campi atestam suas palavras. “Só no campus Campina Grande concluímos seis prédios, e outros seis estarão prontos no primeiro semestre do próximo ano. Nossas importações de equipamentos ultrapassaram, este ano, a marca de U$ 1,2 milhão. São dados inquestionáveis”, disse.

 

Na graduação, disse o reitor, os conceitos no Enade e as estrelas no Guia do Estudante trazem reconhecimento e repercussão da excelência de vários cursos da UFCG. “A pós-graduação vem experimentando um significativo crescimento. O número de matriculas subiu mais de 40% em apenas um ano”. Com os doutorados em Engenharia Química, Sociologia e Engenharia de Materiais; e os mestrados em Recursos Naturais, Física e Ciências Florestais e Ambientais, criados este ano, a universidade passou a ter 26 pós-graduações. “Em 2003, eram apenas três cursos de doutorado, já são nove. Mestrados, de sete passamos para 17”.

 

“Não é um projeto específico, é um processo de expansão que amplifica nossos raios de ação. Seja no chip que nossos pesquisadores lançam, no dessalinizador que exportamos ou no dossiê de ambiência que elaboramos estamos buscando respostas, fazendo pesquisas, entendendo o mundo. É um ciclo, um circuito que energiza e movimenta nossa instituição como um todo”, concluiu o reitor ao falar da amplitude do processo de expansão vivido pela UFCG.

 

2008

 

“O próximo ano será de consolidações e de novos projetos, no mesmo compasso dos outros cinco de nossa história”, anunciou Thompson. Para ele, o ritmo tende a continuar já que a universidade se expande em todas as dimensões e o mundo cobra essa projeção. “Quem sabe outros campi, ou as escolas técnicas comecem a se concretizar. Acredito muito, também, nesses avanços territoriais”, disse, embora alerte sobre a revisão de algumas metas, devido à não aprovação da prorrogação da CPMF, pelo Senado Federal, na semana passada.

 

Antes da queda da contribuição provisória, a estimativa era de que no próximo ano fossem liberados R$ 55,7 milhões em emendas parlamentares (na Lei Orçamentária Anual e no Plano Plurianual 2008-2011), suposto alvo dos cortes para recomposição do orçamento da União, segundo alguns analistas.

 

Thompson lembrou que as emendas parlamentares conquistadas para o próximo ano traduzem muito bem a união da classe política em prol do projeto de expansão da UFCG. “Nossos pleitos foram sempre muito bem recebidos. Este ano, por exemplo, parte do que executamos foi fruto desses recursos”, disse descontraído, ao falar que, em 2008, “continuará a bater na porta de todos, indistintamente”, brincou.

 

Outro caminho que precisa ser trilhado, segundo o reitor, na busca de novas fontes de financiamento são parceiras com a sociedade produtiva. “Interagir com a iniciativa privada não significa nos vender ou privatizar. O que não podemos é nos submeter completamente aos interesses do mercado, nem nos dissociarmos dessa realidade”. Ele citou os laboratórios da Nokia, HP e Motorola no campus Campina Grande, como referências.

 

Parênteses

 

Ao falar da expansão territorial, Thompson fez questão de lembrar que as resistências e as incompreensões, extra-comunidade, à escolha das cidades para implantação dos pretensos campi - apesar do desgaste particular do reitor - apresentaram-se como elemento democrático das discussões. “Era preciso um posicionamento, ante as especulações de manobras político-partidárias, especialmente no caso do curso de Medicina no Sertão”, explicou, ao falar da necessidade de ter pulso como gestor para garantir a integridade e autonomia da instituição. “Um preço pago, pela exposição... Foi mais uma batalha que nos fez crescer”, concluiu.

 

(Marinilson Braga - Ascom/UFCG - 19.12.07)


Data: 19/12/2007