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Criada comissão de implantação da Unila

Foi instalada nesta quinta-feira, 6, a comissão de implantação da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). A cerimônia de posse dos membros ocorreu no Ministério da Educação, com a presença do ministro Fernando Haddad, do secretário executivo do MEC, Henrique Paim, e do secretário de Educação Superior, Ronaldo Mota. Fazem parte da comissão 13 especialistas, que terão a responsabilidade de realizar estudos e atividades para o planejamento institucional e para a organização da estrutura acadêmica e curricular da futura universidade.

 

“A integração dos países da América do Sul é uma necessidade emergente. A criação da Unila representa a vontade do Brasil de dar passos mais largos no que se refere ao continente”, afirma o ministro Fernando Haddad. Para ele, isso se reflete no projeto político-pedagógico inovador da universidade e na pluralidade dos corpos docente e discente, que serão compostos de moradores de diversos países latino-americanos.

 

Segundo Haddad, a comunidade acadêmica da Unila deve pensar em todos os aspectos da integração no continente, no que tange às perspectivas culturais, econômicas e políticas. “A universidade pode ter um curso de letras, por exemplo, mas terá que abordar autores de diversas localidades da América do Sul”, aponta.

 

O recém-empossado presidente da comissão e ex-reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Hélgio Trindade, afirmou já ter percebido que a Unila tem boa receptividade na região. “Nossa tarefa é construir uma América Latina solidária. Que a nossa moeda comum seja o conhecimento e uma cultura de paz”, diz.

 

O projeto de lei que cria a Unila, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro Fernando Haddad, em 12 de dezembro de 2007, atende à política de expansão e interiorização da educação superior pública federal e é um marco inovador no panorama da educação na América Latina.

 

A universidade terá sede em Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira brasileira, argentina e paraguaia. Será bilíngüe e deverá oferecer cursos nas áreas de ciências e humanidades, com o objetivo de formar estudantes que contribuam para a integração e o desenvolvimento regional do continente. A previsão é que a Unila atenda a dez mil alunos e contrate 500 professores.

 

(Letícia Tancredi - MEC)


Data: 06/03/2008