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MEC instala Comissão Nacional de Educação no Campo para diminuir desigualdades no ensino

Dezenove representantes de movimentos sociais e sindicais do campo, de entidades de educação e dos Ministérios da Educação (MEC) e do Desenvolvimento Social compõem a Comissão Nacional de Educação no Campo, instalada ontem (10) pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.

 

A principal função do colegiado é assessorar o MEC na formulação de políticas de educação no campo. Durante a cerimônia, Haddad reconheceu a enorme distância que existe entre a educação nos centros urbanos e nas áreas rurais e ressaltou que o índice de analfabetismo no campo é quatro vezes maior.

 

“Equalizar as oportunidades educacionais é o nosso desafio e aí a questão do campo emerge com uma força desconcertante”, avaliou.

 

Para a secretária-executiva da comissão, Sara Lima, além de vencer o desafio de estabelecer a eqüidade, as políticas precisam contemplar a diversidade no campo.

 

“A própria forma de vida, os tempos, a organização familiar, tudo é diferente em relação à cidade. Cada povo tem sua história, sua forma de valorizar suas vivências e isso precisa ser respeitado”, defendeu.

 

A participação das entidades do movimento social do campo é fundamental para o desenvolvimento das políticas públicas, apontou o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, André Lázaro.

 

“Hoje quando você estuda os indicadores educacionais no Brasil e olha a questão entre campo e cidade, é onde está a maior desigualdade de acesso a educação no Brasil”, destacou.

 

Hoje (11) o grupo fecha o plano de trabalho para 2008. O objetivo é fazer reuniões pelo menos três vezes por ano para a elaboração de demandas.

 

A comissão é formada por membros da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Centros Familiares de Formação por Alternâncias (Ceffas), Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf), Movimentos dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento das Mulheres Campesinas (MMC), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Rede Educacional do Semi-Árido Brasileiro (Resab).

 

(Agência Brasil)


Data: 11/04/2008