Solenidade aconteceu no último sábado. Foram graduados 243 alunos do campus Campina Grande.

Valores éticos, realidades de um tempo e o comprometimento constante com o futuro da humanidade foram tônicas das palavras proferidas na cerimônia de formatura de 243 graduados nos cinco centros da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), no campus Campina Grande. A solenidade, bastante prestigiada, foi realizada no último sábado, 26, no Centro de Convenções Raymundo Asfóra, que ficou praticamente lotado.

O paraninfo-geral das turmas 2007.2, professor Hamilton Medeiros de Azevedo, foi apresentado pelo coordenador administrativo da Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola, João Miguel de Moraes Neto, que ressaltou os serviços prestados pelo homenageado à instituição, “que vem se prolongando na condição de professor voluntário”.

A escolha do paraninfo-geral - personalidades que ajudaram a construir a história da UFCG, trabalhando para sua criação e consolidação – coube ao Centro de Tecnologia e Recursos Naturais (CTRN), e o seu diretor, João Batista Queiroz de Carvalho, ao falar em nome dos demais diretores, registrou a felicidade e o orgulho de participar “desse marco na história de cada um dos formandos”. E do dever cumprido, ao devolver à sociedade o que lhes fora confiado.

A cerimônia contou com a presença do prefeito municipal, Veneziano Vital do Rego, e do comandante do 31º Batalhão de Infantaria Motorizado, coronel Márcio Saraiva.
 
Paraninfo

Dividindo a honraria eqüitativamente com todos os que participaram de sua caminhada, Hamilton Medeiros agradeceu à universidade pela homenagem e, aos companheiros do CTRN, pela escolha do seu nome. “Obrigado, por tudo que pudemos construir juntos”, frisou.

Chamando os formandos de afilhados, o paraninfo disse acreditar neles “por serem vencedores” e que, em sua vida acadêmica, muito havia aprendido com os alunos. Falou dos conflitos advindos com a falência dos valores éticos, a falta do bom exemplo e da honestidade. Traçou um mapa atual dos recursos naturais, os números do mundo, numa leitura interpretativa do nosso tempo.

Orador

Victor Emmanuel Gadelha Pinheiro, concluinte do curso de Medicina, em seu discurso discorreu sobre sonhos compartilhados e realidades sonhadas. Estradas e passos de uma eterna caminhada de aprendizado, onde somos mestres e aprendizes. “Eternos alunos da vida. Aprendendo com ela para sermos professores de nós mesmos”.

O pronunciamento do orador foi cadenciado pela expressão “Ainda somos tão jovens” - do compositor Renato Russo – entrelaçadas por razões e questões da inquietude dessa fase da vida, onde sonho vira estrada, semeia sonhos e germina realidades.

Um minuto de silêncio foi feito em homenagem póstuma à aluna Ralline de Azevedo Travassos, do curso de Letras, que estaria também colando grau naquela noite.

Prêmio Átila Almeida

Concedido pelo CCT, CEEI e CTRN aos dois concluintes de melhor desempenho acadêmico no período letivo, o prêmio teve como vencedores Maí Correia Rabelo de Vasconcelos, do curso de Engenharia Elétrica (primeiro colocado) e Jessyca Lange Ferreira Melo, do Bacharelado em Matemática.

Reitor

O reitor Thompson Mariz comentou rapidamente os discursos proferidos, “as linhas que trataram da oportunidade, concepção de vida, recursos naturais e confraternização”. Falou da alegria de ver a colação de grau bem prestigiada e do receio de que, em breve, seja preciso um espaço maior para comportar o público. “São quase 300 por semestre. E vem aí o Reuni, quando dobraremos a oferta de vagas e, conseqüentemente, teremos um universo maior de formandos”, alertou.

O reitor falou do projeto de expansão da UFCG, da criação do campus Sumé e da sua configuração prevista, contemplando Itaporanga e Itabaina como núcleos. Fez citação ao projeto de ensino profissionalizante com a fundação de uma escola técnica em São João do Rio do Peixe, num futuro próximo.

Em referência aos últimos acontecimentos envolvendo dirigentes de universidades federais, o reitor, num momento de descontração, quando o mestre de cerimônia encerrava os trabalhos, pediu a palavra e fez questão de anunciar ao público presente que a UFCG não disponibiliza cartão corporativo e nem possui uma fundação, “tranqüilizando todos os que aqui defenderam a ética em seus discursos”.

(Marinilson Braga, Ascom/UFCG)