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Professor da UFCG ocupa cargo de coordenador clínico em Harvard

Com apenas 29 anos, estudante e professor do curso de Medicina da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), o odontólogo Leonardo Moura Batista foi selecionado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, para ocupar o cargo de coordenador de pesquisa clínica no Serviço do Tratamento de AVC (Acidente Vascular Cerebral), do Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas de Harvard, o Massachusetts General Hospital, eleito o melhor do país pela revista US News.

 

Dono de um currículo invejável, com mais de 25 trabalhos publicados em periódicos internacionais, concorreu ao cargo em Harvard com candidatos de vários países. Mas um artigo escrito por ele e publicado no Journal of Neurosurgery (norte-americano) sobre a classificação de uma doença medular rara - lesão cística do ventrículo terminal – fez a diferença.

 

A Universidade de Harvard, considerada uma das mais importantes do mundo, se interessou pelo artigo, avaliou o currículo do professor e fez uma séria investigação sobre as suas atividades, tanto na UFCG, quanto na Faculdade de Medicina de Berlim, na Alemanha, onde estudou por dois meses e escreveu sobre a lesão cística.

 

Estudante vai concluir curso em Pittsburg

 

Professor substituto de Farmacologia e cursando o último ano de Medicina, ele concluirá 25% da residência médica na cidade de Pittsburg, Pensilvânia (EUA) no Allegheny General Hospital. A oportunidade surgiu graças a um convênio de intercâmbio conquistado recentemente pelo próprio Leonardo e a coordenação do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da UFCG, assinado pelo reitor Thompson Mariz, com dois hospitais norte-americanos.

 

Além do Allegheny General Hospital, o convênio também inclui o Jackson Memorial, em Miami. Pelo convênio, os estudantes do curso de Medicina da Universidade Federal de Campina Grande podem concluir 25% do último ano numa dessas duas instituições. O primeiro a ser contemplado será ele. “A partir de agora, estudantes vão poder concluir parte dos estudos em instituições de renome internacionais, provando que o nosso ensino é de qualidade”, comenta, destacando que qualquer aluno pode seguir o mesmo caminho.

 

“Saber que podemos conquistar espaços em países do primeiro mundo e assumir cargos de importância deve nos estimular a sempre buscar o melhor para nós mesmos e não medir esforços para buscar nossos sonhos. Essa oportunidade que estou vivendo, espero retribuir com grandes resultados em pesquisas na área da neurocirurgia e assim poder ajudar pessoas que sofrem de doenças neurológicas, sobretudo o AVC”, disse. No curso de Medicina, Leonardo Moura foi bolsista do CNPq, por dois anos e seis meses, e da Capes, por um ano, tendo atuado também como monitor. Também é coordenador Central de Transplantes da Paraíba, unidade de Campina Grande.

 

Estruturação do curso ajudou no êxito do profissional

 

A ajuda da coordenação do curso de Medicina foi de extrema importância em todos os seus passos, segundo “o estudante”. “Hoje, nós temos uma faculdade bem estruturada, com novos laboratórios, novas salas, biblioteca reformada e com acervo ampliado, além de um Hospital Universitário adequado às atividades da prática acadêmica e o esforço do diretor do CCBS, Paulo Freitas, em conseguir melhorar cada vez mais nosso curso”.

 

Leonardo fala fluentemente Inglês, Espanhol e Alemão. O mais interessante é que decidiu estudar Medicina quando estava no último período de Odontologia, curso que concluiu na Universidade Federal do Ceará (UFC), estado no qual nasceu. “Minha mudança de planos foi repentina, mas não me arrependi da decisão e, mesmo antes de terminar a graduação como médico, já estou colhendo bons frutos. A receita é esta: fazer sempre o que se quer, o que se gosta, e lutar muito para conseguir senão o melhor, pelo menos, um bom espaço naquilo em que se escolheu fazer”, orienta.

 

A viagem para os Estados Unidos acontecerá no próximo mês. Só após cumprir a residência médica em Pittsburg, ele assumirá o cargo em Harvard. O contrato é de três anos, mas ele pretende ficar mais tempo para fazer PhD em Neurocirurgia.

 

(Rosângela Araújo, Ascom/UFCG)


Data: 16/05/2008