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Mais de mil pessoas freqüentam a Biblioteca Central diariamente

Com um acervo composto por mais de 64 mil exemplares, reunindo quase 34 mil títulos de livros, a Biblioteca Central da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) é hoje referência no atendimento ao público estudantil de toda a região, com uma visitação diária de mais de mil pessoas. Embora destinada especialmente aos alunos, professores e funcionários da instituição, a biblioteca também atende a estudantes de diversas unidades escolares.

 

“Temos um enorme acervo e muitos estudantes, principalmente do ensino público de Campina Grande, dependem dos nossos livros para suas pesquisas em várias áreas do conhecimento, ressalta a diretora administrativa, Maria Carmem Souto França. Ela explica que o acesso à Biblioteca Central é permitido a qualquer pessoa, entretanto, o empréstimo das obras é restrito aos cadastrados: professores, alunos e funcionários da universidade. No caso dos livros raros e dissertações, que ficam em uma sala especial, “esses não podem ser emprestados a ninguém. Servem apenas para consultas no local”, salientou.

 

O público externo pode realizar suas pesquisas, dentro da própria biblioteca, durante todo o expediente, que vai das 7h30min às 22h00min, sem intervalo para o almoço. O ambiente destinado às pesquisas fica no terceiro andar. A biblioteca conta com 21 banheiros, elevador, salas de cadastro, catalogação, de registros e a sala de referências, onde ficam guardadas teses de doutorados e mestrados, dicionários e enciclopédias.

 

Cada cadastrado pode pegar até seis livros emprestados de uma única vez, devendo devolvê-los num prazo máximo de 20 dias. O atraso acarreta multa de 50 centavos/dia por cada livro não devolvido. O dinheiro arrecadado é depositado na conta única do Tesouro Nacional.

 

Cinco terminais de computadores auxiliam os estudantes nas pesquisas bibliográficas. De acordo com Carmem, nos equipamentos estão cadastrados todos os livros da biblioteca, com enumeração e identificação do local onde estão alojados. “Assim, tornamos a pesquisa mais fácil para os alunos, porque eles acham os livros com mais agilidade, sem a necessidade de ocupar os funcionários”.

 

A Biblioteca Central, fundada em 1979, atua interligada a outras oito bibliotecas da UFCG, situadas nos campi Patos, Cuité, Sousa, Cajazeiras e Pombal, e ainda no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) e no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), realizando, inclusive, trocas de livros quando necessários para determinadas unidades acadêmicas.

 

Vandalismo

 

Apesar de sua extrema importância para os estudantes da universidade e de outras instituições campinenses, a Biblioteca Central da UFCG convive com um grave problema: a falta de respeito por parte de muitos estudantes em conservar o bem público. Segundo a diretora, não bastassem os danos causados aos livros e outras publicações, com rasuras e rabiscos, os estudantes chegam ao extremo de arrancar o conteúdo inteiro dos livros, deixando apenas as capas.

 

“Infelizmente, essa ação de vandalismo e de desrespeito tem causado grande prejuízo para a universidade e principalmente para os outros alunos que também precisam dos livros para pesquisas”, comentou. Segundo França, muitos chegam até a jogar os livros pelas janelas para pegá-los, no lado de fora. “Nós já fechamos as janelas com pregos, mas eles ainda encontram um jeito de roubar os livros. Mesmo não entrando com bolsas e sacolas, os estudantes sempre encontram uma maneira de burlar os funcionários e saírem do local, levando exemplares escondidos, muitas vezes, embaixo das roupas”.

 

Para acabar com esse problema, brevemente deverão ser instaladas câmeras e outros equipamentos eletrônicos que detectem a saída de livros de forma irregular. “Apesar de todo esse aparato de segurança eletrônica, o mais interessante mesmo é a conscientização do aluno em preservar o acervo e cuidar dele como um patrimônio a serviço de toda a comunidade e não apenas dele próprio”, comenta o vice-reitor Edílson Amorim. “Falta educação e conscientização nas pessoas que fazem esse tipo de coisa”, lamenta.

 

A aluna do mestrado em Engenharia de Materiais, Patrícia Tito, considera a ação desses alunos desrespeitosa e sem moral. Ela, que regularmente freqüenta a biblioteca, disse que já foi afetada por esse tipo de vandalismo. “Precisei de uns livros para minha pesquisa, mas os encontrei rasurados, sem páginas ou capítulos inteiros arrancados. Isso é um ato de vandalismo que precisa ser erradicado”, reclamou. Na Biblioteca Central há uma área reservada, no segundo andar, só para alunos da pós-graduação, que também tem sofrido com a atuação dos vândalos. 

 

R$ 1 milhão em compras

 

Para aumentar o acervo da Biblioteca Central e das unidades a ela subordinadas, a Pró-Reitoria de Ensino (PRE) está viabilizando a compra de mais exemplares. O processo de compra, no entanto, depende de cada unidade acadêmica, que encaminha para a PRE a relação de livros que estão necessitando. Segundo o reitor Thompson Mariz, de acordo com o que foi encaminhado pelas unidades em todos os campi, serão necessários 12.700 novos exemplares, calculados em R$ 1 milhão e 360 mil. As compras estão previstas para até o final do ano.

 

“Já temos, do nosso próprio orçamento, R$ 360 mil e vamos abrir licitação para a compra dos livros. O restante (R$ 1 milhão) foi solicitado ao Ministério da Educação e só dependerá da liberação para que os novos exemplares sejam adquiridos”, explicou o reitor.

 

A maior parte dos novos livros vai para a Biblioteca Central. Os demais serão distribuídos nas bibliotecas dos demais campi da UFCG, além do HUAC e do CCBS.

 

(Rosângela Araújo – Ascom/UFCG)


Data: 05/06/2008