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América do Sul pode ser sua chance de fazer intercâmbio

Opções mais baratas em países vizinhos viabilizam o sonho de viajar

 

Quem não adoraria ganhar um desconto de US$ 400 no seu pacote de intercâmbio? Além disso, descobrir que a passagem aérea para o seu destino pode sair R$ 1 mil mais barata. Considere ainda ficar numa cidade em que o custo de vida é baixo e em que seus gastos mensais serão significativamente menores. Não se trata de promoção alguma e nem de uma oportunidade única de intercâmbio. Acontece que muita gente já descobriu os benefícios de trocar a Europa pela América do Sul na hora de estudar. Se por um lado o velho continente tem suas vantagens, os países do Mercosul oferecem um benefício financeiro incomparável que possibilita a quem nunca sonhou com um intercâmbio internacional, realizar seu sonho.

 

E para os mais desconfiados em relação à qualidade dos cursos que são oferecidos nos países da América do Sul, há quem garanta que eles evoluíram bastante e que hoje podem ser comparados a cursos oferecidos na Europa. A comparação é sobretudo com escolas espanholas, já que a América do Sul passou a competir com a Espanha no mercado de intercâmbio com vistas ao aprendizado do idioma espanhol. "Em termos de ensino e metodologia, as escolas européias e sul-americanas se equivalem.

 

Trabalhamos com institutos de ensino que têm inclusive respaldo de universidades, como a Universidade de Buenos Aires, na Argentina, por exemplo", afirma Luiza Vianna, gerente de produtos da CI (Central de Intercâmbio). Luiza reconhece, porém, que as escolas espanholas têm mais tradição e por isso levam alguma vantagem em outros aspectos. "É claro que, com relação à estrutura, as escolas européias são bem maiores. Esse é um mercado que existe há muito mais tempo lá".

 

Luiza aponta um crescimento no mercado sul-americano e justifica isso nos benefícios financeiros da região aliados à evolução da qualidade das escolas de idiomas. Segundo ela, na empresa em que trabalha, os consultores já são orientados a oferecer a alternativa regional para estudantes que sonham com o intercâmbio na Espanha, mas não encontram condições financeiras para bancar a viagem. Os principais destinos oferecidos para esse tipo de intercâmbio, de acordo com a gerente do CI, são a Argentina e o Chile. "É uma ótima opção para quem precisa aprender espanhol e está com o orçamento curto", reforça Claudia Martins, gerente de comunicação da STB, outra empresa especializada em intercâmbio.

 

A pedido do Universia, Claudia fez duas simulações de pacotes, um para a Espanha e outro para a Argentina, para que fosse possível ter uma idéia da diferença de preços entre um curso no país europeu e outro na América do Sul. As cidades escolhidas foram Barcelona, na Espanha, e Buenos Aires, na Argentina, as duas mais populares entre os viajantes dos respectivos países. Somente a chamada parte terrestre, que inclui hospedagem em casa de família e curso de 20 horas por semana pelo período de um mês, já mostrou a diferença que os dois destinos podem significar no bolso do intercambista. Para Barcelona o pacote sai por R$ 1.978,00. Já um plano similar em Buenos Aires custa R$ 1.307,32.

 

Além da economia nos custos relacionados a curso e moradia, a diferença é ainda maior ao se considerar o preço da passagem aérea para os dois destinos. O Universia consultou a página de uma grande companhia aérea brasileira na internet para checar preços de bilhetes rumo a Barcelona e Buenos Aires. O destino europeu custa R$ 1.817,18 - para Buenos Aires a passagem sai por R$ 718,82. Na ponta do lápis, quem escolheu ir para Buenos Aires estudar espanhol por um mês acabou por economizar R$ 1.769,04 em relação a quem optou pelo curso na Espanha.

 

Mas não pára por aí a oportunidade de gastar menos. Claudia lembra que pesam e muito no bolso do estudante os gastos do dia a dia, como alimentação, transporte, baladas e os gastos eventuais com roupas, por exemplo. "A grande diferença também está no custo de vida local", destaca ela. Nesse sentido, operar com uma moeda mais valorizada como o Euro é um problema a mais para quem sai de um país em desenvolvimento com moeda fraca em mãos. Além da perda na conversão, os custos na Europa estão em sintonia com o poder aquisitivo de uma população mais rica. Isso não acontece na América do Sul e esse, segundo Claudia, é um aspecto que faz diferença no gasto total de uma viagem de intercâmbio.

 

Embora fique claro o benefício financeiro no intercâmbio na América do Sul, tanto Luiza quanto Cláudia reconhecem que a Europa tem suas vantagens e uma delas, tida como incomparável e que pesa bastante: a proximidade entre os países e a oportunidade de viagens rápidas para muitos lugares diferentes e atrativos. "A América do Sul não tem essa característica. Em todos os destinos, o viajante acaba mesmo mais restrito às cidades mais próximas. Por isso, quando se leva em consideração a questão de maximização da viagem, a Espanha leva vantagem. Quanto a isso, não dá para comparar. Na Europa, o céu é o limite, você pode conhecer vários lugares diferentes e isso é um grande diferencial na hora da escolha", admite Luiza.

 

É por isso que, segundo Cláudia, ainda prevalece entre aqueles que optam pela América do Sul, um desejo pessoal de conhecer a região. "O que acontece, é que quem quer ir para a Europa, geralmente sempre teve esse sonho e também pensa em fazer outras viagens. No caso da América do Sul, são pessoas que gostariam de conhecer melhor os países vizinhos, gente que tem vontade de conhecer mais a fundo essa cultura", acredita Cláudia.

 

(Portal Universia)


Data: 05/06/2008