Programa da UFCG vai implantar projeto aqüícola no Sertão Sistema de criação de tilápias vai beneficiar assentamento rural em Jericó O Programa de Estudos e Ações para o Semi-Árido (Peasa), da UFCG, está iniciando um projeto que vai beneficiar o Semi-Árido paraibano. Trata-se do projeto Implantação de um complexo aqüícola, na comunidade rural Recanto II, no contexto de uma cadeia produtiva. O projeto foi apresentado em reunião realizada na última segunda-feira, 9, no Laboratório Agroambiental da UFCG. É um dos projetos aprovados no Edital 007/08 – MCT/CNPq/SEAP. Recanto II é um assentamento rural situado às margens do Açude Carneiro, no município de Jericó, no Alto Sertão Paraibano. O projeto vem interiorizar ainda mais o Projeto Peixe Vivo, implantado O projeto é coordenado pelo professor Carlos Minor Tomiyoshi, coordenador adjunto do Peasa, e tem por objetivo implantar, na comunidade rural de Recanto II, um empreendimento aqüícola rentável economicamente, sustentável ambientalmente e gerador de renda e postos de trabalhos aos membros da comunidade. A intenção é implantar um empreendimento que utilize alevinos de tilápia de melhores linhagens; processe o pescado para produção de derivados; curtimento do couro e produção de artesanato e comercialização da tilápia (viva e/ou eviscerada). O projeto envolve ainda a implantação de um sistema de fossa séptica biodigestora em residências da Comunidade Recanto II, situadas mais próximas do Açude Carneiro; a implantação de uma horta comunitária para produção de hortaliças e plantas medicinais com objetivo de melhorar o hábito alimentar da comunidade; implantação de um pomar de frutas adubadas e irrigadas com os efluentes da fossa séptica e do mini-curtume, além da implantação na comunidade de um Programa de Educação Ambiental, entre outras atividades. Será constituído um condomínio, responsável pela gestão do projeto, com a participação de, no máximo, dez pescadores de famílias diferentes. Os membros do condomínio serão capacitados para atuar em todos os elos da cadeia produtiva da tilapicultura implantada O projeto vai implantar um sistema de criação de peixe tilápia em tanques-rede instalados no Açude Carneiro. Cada módulo deverá produzir após seis meses de criação na despesca em média 850 tilápias por tanque, com peso médio de O projeto prevê ainda a implantação de um mini-curtume de pele de tilápia que utilizará tanino vegetal para o curtimento da pele; uma unidade de processamento de pescado para produzir filé, almôndegas, lingüiça; implantar a unidade de confecção de artesanato que utiliza a pele de tilápia para produzir jaquetas, cintos, bonés, bolsas, carteiras de documentos, chaveiros. Uma das principais metas é produzir tilápias com custo de produção baixo: de aproximadamente R$ 2,20 e comercialização no atacado a R$ 3,50 e no varejo, através da Loja Peixe Vivo, a R$ 6 o quilo. O Peasa atua na comunidade Recanto II desde 1999, e, desde então, tem focado suas ações objetivando implantar ali um "mini-complexo agroindustrial de piscicultura" que vai da criação da tilápia até a comercialização direta ao consumidor. (Helda Suene - Asscom Peasa/UFCG) Data: 12/06/2008 |