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Técnicos do MEC mostram análise sobre programa de diversidade

Os resultados do Programa Diversidade na Universidade, iniciado em 2003, foram apresentados pelo Ministério da Educação (MEC), em Brasília (DF). Uma avaliação final acerca das dificuldades e avanços do programa foi feita por representantes da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

 

O programa foi criado para apoiar a conclusão do ensino médio e ampliar o acesso ao ensino superior de afrodescendentes e indígenas. O titular da Secad, André Lázaro, disse que o maior avanço foi ajudar a incluir a temática etnico-racial na agenda pública e, assim, permitir o desenvolvimento de políticas públicas de inclusão educacional desses grupos.

 

O secretário destacou ainda a abertura de diálogo com os governos estaduais e municipais sobre a temática. Na visão dele, hoje o tema pode ser abordado de forma objetiva. "Nossa conversa não é abstrata. Podemos perguntar aos gestores como anda a formação de professores na temática etnico-racial, já que nós oferecemos curso de formação pela UAB", exemplifica, em referência à Universidade Aberta do Brasil.

 

Como resultados do programa, a representante do BID, Rita Sório, destacou que mais de 2,8 mil alunos afrodescendentes e indígenas ingressaram no ensino superior e 500 professores receberam formação para a valorização etnico-racial, entre outras medidas. Além disso, foram produzidas 22 publicações que tratam do assunto e que estão disponíveis no portal Domínio Público, de acesso gratuito.

 

Segundo Rita, a experiência de parceria do Banco Interamericano com o governo brasileiro virou referência e hoje serve de modelo para ações semelhantes em outras regiões da América Latina. "O Brasil passou a ser vitrine para ações em países como Colômbia, Equador e Paraguai", ressaltou.

 

Para a representante da Unesco, Marilza Regattieri, o País ainda tem longo caminho a percorrer para equilibrar as taxas de escolarização entre as populações branca e negra. "A Unesco apoiará o Brasil na institucionalização das leis 10.639 e 11.645", afirmou. A legislação referida trata da inclusão de temáticas afrodescendentes, africanas e indígenas no currículo da educação básica de escola públicas e privadas.

 

O encontro de avaliação final do programa ajudará a compreender, na visão de André Lázaro, quais medidas futuras o MEC deve tomar para ampliar o acesso ao ensino de populações indígenas e afrodescendentes. "Esperamos que os avanços sejam de toda a sociedade e não de apenas um governo", concluiu.

 

(Portal Terra)


Data: 11/07/2008