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Reitor recebe diretoria da Associação dos Docentes

Dentre os temas tratados, a regulamentação do processo para a escolha do novo reitor. Reunião extraordinária do Colegiado Pleno definirá paridade dos votos no próximo dia 25.

 

Acessibilidade para os portadores de necessidades especiais, expansão, emendas parlamentares e eleição para o novo reitorado foram pontos da pauta de audiência concedida pelo reitor Thompson Mariz à diretoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG), na última semana, em seu gabinete. Para o reitor, encontros dessa natureza contribuem para a democratização das informações e a transparência da administração, enriquecendo a relação com as representações sindicais e a comunidade universitária.

 

Segundo o reitor, a UFCG já vem adequando o acesso às suas instalações para os portadores de necessidades especiais, com a construção de rampas e quebra de alguns obstáculos nas vias de pedestres. “Na verdade, ações incipientes e sem um ritmo acelerado. Mas já promovidas pela Prefeitura Universitária, obedecendo à política do MEC de inclusão e permanência desses cidadãos”, disse, ao anunciar à AdufCG que um projeto de um circuito atendendo a essas condições, elaborado pela prefeitura, será encaminhado ao ministério.

 

“A Pró-Reitoria da Assuntos Comunitários também encaminhou proposta, ao MEC, de criação de um Núcleo de Acessibilidade, participando de um edital do Programa Incluir, que implementa ações nessa esfera”, completou.

 

Sobre a pactuação com a Secetaria de Ensino Superior do MEC para a implantação do campus Sumé, Thompson Mariz apresentou a ata da reunião com a diretora de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior, Maria Ieda Diniz, com os quantitativos de pessoal (83 docentes e 42 técnico-administrativos) e de investimentos (R$ 17 milhões) distribuídos em quatro anos, até 2011, e explicou a origem dos R$ 2 milhões anunciados, à imprensa, como já existentes para a sua instalação.

 

“Os recursos divulgados são referentes às emendas palamentares, já no orçamento 2008, dos deputados Rômulo Gouveia (R$ 1,5 milhão), Vital do Rego Filho (R$ 300 mil) e Luiz Couto (R$ 200mil) destinadas à implantação do campus em Sumé”, explicou o reitor.

 

Outdoor

 

Outro fato levantado na audiência, quanto às finanças da universidade, foi a veiculação de um outdoor com propaganda de um parlamentar, registrando ter destinado R$ 32 milhões para o projeto de expansão da UFCG. “Ele teve a intenção, apresentando proposta ao Plano Plurianual (PPA 2008-2011), mas não obteve êxito”, esclareceu o reitor, ao lamentar o incidente e as especulações causadas por essa publicidade.

 

Eleições

 

Indagado sobre o processo para a escolha do novo reitor da universidade, que acontecerá ainda este ano, Thompson Mariz relatou que o Colegiado Pleno do Conselho Universitário discutiu a adequação da Resolução N°5/2004, que regulamentou o último pleito, e estabeleceu um calendário. “No entanto”, informou, “haverá uma reunião extraordinária do Pleno para rediscutir o caráter paritário dos votos – aprovado pelo Conselho – que não segue a legislação federal, segundo parecer da Procuradoria Federal, que recomendou aos conselheiros que revejam a posição”.

 

A orientação do procurador federal da UFCG, Robertson de Castro, é de que, ao chamado “peso eleitoral” das categorias que formam a comunidade universitária (estudantes, professores e técnico-administrativos), seja aplicado o princípio da proporcionalidade dos votos com, no mínimo, 70% de peso para o sufrágio dos docentes. Pelo calendário elaborado pela comissão instituída pelo Colegiado Pleno, as inscrições das candidaturas acontecem de 29 de setembro a 3 de outubro; o primeiro turno, em 5 de novembro e, caso seja necessário um segundo turno, no dia 19 de novembro.

 

“Como presidente do Colegiado, não posso vetar uma Resolução e, ao mesmo tempo, sou o guardião da Lei no âmbito da UFCG” disse o reitor, ao informar que remeteu o processo para deliberação pelo Pleno, no próximo dia 25. “Gostaria de contar com a presença dos outros conselheiros das câmaras do Consuni, além dos instituídos, e de representantes das categorias funcionais na reunião extraordinária. Mesmo não tendo direito ao voto, serão testemunhas do processo democrático que norteia as ações do Colegiado e da liberdade de expressão inerente às suas funções”, finalizou.

 

(Marinilson Braga - Ascom/UFCG )


Data: 03/08/2008