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Análise do ensino superior em pauta no encontro anual da FeSBE

A cada ano, cerca de 1.800 professores de física se formam em todo o país. Porém, para sanar as necessidades atuais seriam necessários 84 anos

Um horizonte extremamente complicado entre demanda e ofertas de docentes foi o tema da palestra do presidente da Capes, Jorge Guimarães, durante a XXIII Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), evento que termina neste sábado, em Águas de Lindóia, SP.

A cada ano, cerca de 1.800 professores de física se formam em todo o país. Porém, para sanar as necessidades atuais seriam necessários 84 anos. Nos últimos cinco anos, 140 mil professores foram licenciados, mas o país precisa de um contingente de 350 mil docentes para atuar frente a um analfabetismo de 50 milhões de brasileiros.

A mesa-redonda Análise Crítica do Ensino Universitário, coordenada pelo presidente da FeSBE, Luiz Eugenio Mello, contou ainda com os professores Nildo Alves Batista, da Unifesp, e Fernando Dagnoni Prado, da Vunesp, inatituição que organiza os vestibulares da Unesp.

"O ensino universitário e a profissionalização dos estudantes: única tarefa da universidade?" foi discutido por Alves Batista que contou ainda sobre a experiência de articulação entre cursos superiores e a integração curricular na área biológica.

Ele contou a experiência da Unifesp de mesclar alunos de cinco diferentes áreas, rompendo a idéia de cursos estanques. Para ele, cabe ao ensino universitário formar profissionais com competência para o trabalho colaborativo.

Fernando Dagnoni Prado falou sobre a difícil articulação entre o ensino médio e superior, pois enquanto o ensino médio é generalista, o aluno que ingressa na universidade encontra um currículo de disciplinas específicas. Dagnoni também abordou os gargalos do ensino médio em São Paulo: 75% dos alunos do 3º ano estudam a noite, porém 65% das vagas públicas são diurnas.

Nos quatro dias de evento, a XXIII Reunião anual da FeSBE promoverá 20 conferências, 63 módulos temáticos, 13 cursos, 1441 painéis. Dos inscritos, 41% são alunos de graduação, 23% mestrandos, 14,38% doutorandos, 1,56% pós-doutores e 14,38% docentes. A grande maioria (36%) veio de SP, seguido por RJ e MG.

(Assessoria de Comunicação da FeSBE)


Data: 22/08/2008