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Expansão do ensino superior traz mais benefícios que custos, diz Haddad

Com o dobro de vagas de ingresso nas federais, país terá novos profissionais em pouco tempo

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 17, que o custo da expansão das instituições federais de ensino superior é pequeno, comparado com o benefício que a medida traz.

"Como as universidades conseguiram dobrar a oferta de vagas em pouco tempo, rapidamente teremos novos profissionais bem qualificados em todas as áreas", frisou. A afirmação foi feita durante a solenidade de posse do novo reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Carlos Alexandre Netto.

Na visão de Haddad, já há na sociedade o entendimento de que a educação superior é o caminho para o desenvolvimento sustentável do país. Segundo o ministro, atualmente o número de graduandos é maior que o de graduados. "Por isso, todo apoio que o MEC puder dar ao parque universitário, e também ao de escolas técnicas, será dado", enfatizou.

Excelência

Haddad destacou o patamar de excelência da Federal do Rio Grande do Sul, que figura entre as melhores do Brasil. "A UFRGS consegue manter o alto nível de ensino, aliado à expansão e à inclusão." No índice geral dos cursos da instituição (IGC), a universidade obteve nota cinco - a escala vai de um a cinco nos valores em faixa.

Para o reitor recém-empossado, o cenário da educação superior é animador, por causa das políticas e investimentos destinados ao setor. Netto afirmou que a criação de cursos tecnológicos, a redução da evasão, o aproveitamento de vagas ociosas e um maior apoio à pesquisa científica são propostas da sua gestão. "A UFRGS continuará somando-se ao esforço da atual revolução vivenciada na educação superior", indicou.

Graduado em medicina, com mestrado e doutorado em bioquímica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pós-doutorado na Universidade de Londres, Netto é professor associado do departamento de bioquímica da UFRGS e foi pró-reitor de graduação e de pesquisa da universidade. Suas linhas de pesquisa são isquemia cerebral e psicobiologia dos transtornos mentais.

O novo reitor atua também como revisor de periódicos, entre eles, o Neuroscience, Neurobiology of Learning and Memory e Brain Research. Netto já participou de comitês assessores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Fez parte ainda das sociedades brasileiras de Neurociências e Comportamento, de Bioquímica e Biologia Molecular e para o Progresso da Ciência.

História

A história da Federal do Rio Grande do Sul começou com a fundação da Escola de Farmácia e Química, em 1895 e, em seguida, da Escola de Engenharia. Em 1947, passou a ser denominada Universidade do Rio Grande do Sul, incorporando as faculdades de Direito e de Odontologia de Pelotas e a Faculdade de Farmácia de Santa Maria. Posteriormente, estas unidades foram desincorporadas, com a criação da Universidade de Pelotas e da Universidade Federal de Santa Maria.

Em dezembro de 1950, a Universidade foi federalizada. Desde então, a UFRGS passou a ocupar posição de destaque no cenário nacional, como a primeira em publicações e a segunda em produção científica entre as federais, considerando o número de professores. Hoje, oferece 69 cursos de graduação a 24,5 mil alunos.

 

(Assessoria de Comunicação do MEC)


Data: 18/09/2008