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Revista Veja destaca papel da UFCG no desenvolvimento tecnológico do Brasil

Campina Grande registra o maior índice de PhDs por habitante do país

 

“Ali está a Universidade Federal de Campina Grande, uma das melhores do mundo em Tecnologia da Informação (TI). Figura entre as poucas dedicadas a avançar na área de computação quântica, tecnologia que vai transformar os computadores em máquinas infinitamente mais rápidas e capazes”, diz a revista Veja, desta semana, em reportagem sobre o destaque de empresas brasileiras no cenário internacional, num estudo que aponta Campina Grande como um dos sete pólos de TI do Brasil que, juntos, faturam US$ 4 bilhões por ano.

 

O Brasil da Inovação, matéria produzida pelos jornalistas Marcos Todeschini e Renata Betti, analisa os vetores que impulsionam a indústria da TI no país, “área em que até pouco tempo atrás os brasileiros nada tinham a oferecer” e começa a despontar com um crescimento anual de quase 12%, enquanto ela aumenta no mundo ao compasso de 6%”. Neste ritmo, aponta a reportagem, a previsão é que o Brasil alcance em três anos a quinta posição no ranking mundial.

 

A Veja também registra que Campina Grande se tornou o lugar do país com o maior número proporcional de PhDs. – um para cada 669 habitantes - cinco vezes a média brasileira. A cidade é destacada como produtora de softwares para bancos de dados de alta complexidade, como os utilizados em investigações policiais. Os números catalogados pelos repórteres registram 600 PhDs e 100 empresas de Tecnologia da Informação instaladas na Rainha da Borborema.

 

Um pouco do muito

 

Ao comentar a reportagem, o diretor do Centro de Engenharia Elétrica e Informática (CEEI), Wellington Mota, se disse satisfeito com reconhecimento da UFCG, mas destacou que apenas um pouco do que é desenvolvido pela universidade foi mostrado. “Nossa expressão é maior. Temos muitas parcerias com empresas internacionais – com laboratórios instalados no campus Campina Grande, como a Nokia, Motorola e HP – e de empresas nacionais, a exemplo da Petrobras e da Chesf, entre outras, a quem prestamos consultoria. O foco da matéria foi apenas o desenvolvimento de software.”

 

Os conceitos atribuídos pelos órgãos de fomento à pesquisa, como a Capes e o CNPq, as avaliações da graduação e pós-graduação dos cursos de Engenharia Elétrica e de Ciências da Computação, que compõem o CEEI, como também do Guia do Estudante e outros registros mundo afora são elencados como outros pontos de avaliação para se chegar a esse conceito, disse o diretor, destacando o perfil internacional do Centro que conta com alunos de vários países, tanto na graduação quanto na pós-graduação.

 

Políticas públicas, a exemplo da desapropriação pelo governo estadual de áreas para instalação do Centro de Inovação Telmo Araújo, também contribuem para que Campina Grande se destaque como pólo de TI. “Os nossos cursos formam a mão-de-obra especializada e esses incentivos, como os advindos da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, possibilitam a manutenção desses graduados e pesquisadores na nossa cidade”, concluiu.

 

As empresas que contribuem para esse destaque são formadas por muitos que saíram dos bancos escolares da UFCG. “Nos genes delas, o DNA da ciência e tecnologia desenvolvida por nossos professores, em nossos laboratórios”, comentou o coordenador do curso de Ciências da computação, Dalton Serey.

 

(Marinilson Braga – Ascom/UFCG - 07.10.08)


Data: 07/10/2008