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Banco internacional de objetos oferece recursos educacionais gratuitos via internet

Na escola moderna que nasce com o século 21, o livro didático não é mais suficiente para um ensino de qualidade. Os recursos multimídia são importantes no dia-a-dia da sala de aula, o que faz da aprendizagem um processo mais em sintonia com a realidade dos alunos desta nova sociedade da informação. Há menos de seis meses, o Ministério da Educação colocou no ar o Banco Internacional de Objetos Educacionais, que permite baixar (fazer download), gratuitamente, recursos educacionais digitais em diferentes formatos — áudio, vídeo, animação, software educacional, além de imagens, mapas, experimentos e hipertextos.

 

“Temos 200 alunos e professores publicando diariamente materiais multimídia de domínio público ou cedidos pelos autores ao Ministério da Educação”, explica Carmem Lúcia Prata, coordenadora do banco. Atualmente, há 1.799 recursos publicados e mais de sete mil aguardam avaliação dos  comitês editoriais. O primeiro é formado por professores e alunos de graduação de seis universidades públicas. Eles cuidam da localização e da catologação do conteúdo. O segundo valida a importância pedagógica e ratifica a inclusão no acervo.

 

Além de aferir a qualidade, o primeiro comitê também classifica os recursos digitais por nível de ensino, da educação infantil à superior, passando pelo profissionalizante. O banco traz acervos de diferentes países e línguas, o que permite a educadores e estudantes ou a qualquer pessoa ter acesso aos materiais em suas línguas maternas, assim como enviar suas produções para publicação, não importando o idioma. “A demanda para publicação de recursos é muito grande. Vários professores da universidade que produzem objetos acadêmico querem publicá-los para que sejam usados”, ressalta Fernanda Monteiro, professora do Departamento de Ciências da Informação e coordenadora-geral do projeto de recursos digitais na Universidade de Brasília.

 

A partir do próximo ano, no entanto, os melhores conteúdos digitais serão traduzidos para o português para ampliar o uso dessas tecnologias educacionais nas escolas brasileiras. “Pessoas de 92 países acessam nosso banco multimídia”, ressalta Carmem Lúcia. Os países que mais utilizam os recursos digitais, depois do Brasil, são Portugal, Estados Unidos, Angola, Moçambique, Japão, Argentina, Espanha, México e Inglaterra. “Nosso banco é um projeto inovador na América Latina, tanto que México e Chile procuram parceria para aumentar o compartilhamento de recursos”, explica.

 

Feiras

 

Exemplo de uso dos recursos multimídia na escola será mostrado na feira de ciências do Colégio Marista, em Brasília neste sábado, dia 8. Matheus Lopes, 12 anos, e mais seis alunos do sétimo ano recorreram ao acervo virtual para explicar a condução da energia térmica. Ao pesquisar na internet, eles descobriram o Banco Internacional de Objetos Educacionais, de onde extraíram informações para um experimento simples, que facilita a compreensão de um tema considerado “chato” por eles.

 

Ao esquentar uma panela com água e colocar duas colheres — uma de madeira e outra de alumínio —, o grupo notou que a de metal esquenta mais rapidamente e queima a mão. “Isso ocorre porque o alumínio é melhor condutor do que a madeira”, explica Matheus. Os estudantes também descobriram uma animação que mostra de onde vem a energia elétrica e a baixaram para ser exibida aos visitantes.

 

Pontos marcantes do Banco Internacional de Objetos Educacionais são a estruturação dos conteúdos digitais por currículo e a não-limitação quanto ao direito autoral. A pesquisa na internet é bem fácil e permite a seleção por nível de ensino e palavra-chave do assunto de interesse.

 

O acervo digital está disponível para ser copiado em pen-drive, CD-ROM ou baixado diretamente no próprio computador.

 

(Assessoria de Comunicação Social - MEC)


Data: 07/11/2008